Adriana Silva Estevam de Aguiar estava desaparecida desde janeiro, quando saiu de casa para uma entrevista de emprego Reprodução/Redes Sociais
Ossada encontrada em Maricá é de desaparecida em São Gonçalo
Adriana Silva Estevam de Aguiar, de 42 anos, foi vista pela última vez em janeiro, quando saiu para uma entrevista de emprego
Rio - A Polícia Civil identificou a ossada encontrada em Maricá, na Região Metropolitana do Rio, em abril, como sendo de Adriana Silva Estevam de Aguiar, de 42 anos. A mulher estava desaparecida desde janeiro deste ano, quando saiu para uma entrevista de emprego na Central de Abastecimento (Ceasa) do Colubandê, em São Gonçalo. À época em que foi localizado, em uma área de mata de Itaipuaçu, a família já havia informado ser o cadáver da vítima.
A ossada precisou passar por um exame de perfil genético do Instituto de Perícia e Pesquisa em Genética Forense (IPPGF), que confirmou pertencer a Adriana, nesta quinta-feira (22). Agora, os parentes aguardam a liberação do corpo para realizaram o sepultamento. O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG) e diligências estão em andamento para esclarecer o crime.
Uma das suspeitas é de que a ordem para a morte de Adriana tenha partido de um dos filhos que está preso no Presídio José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte do Rio. "Eu espero que as investigações andem mais rápido, agora que a gente tem a confirmação do óbito dela, que quem fez isso seja pego e descubram tudo o que aconteceu", afirmou Diogo Estevam, um dos filhos da vítima.
Entenda o caso
Adriana foi vista pela última vez em 20 de janeiro, no bairro Alcântara, quando saiu de casa, às 9h54, com destino à Ceasa do Colubandê, onde faria uma entrevista de emprego, mas deixou de manter contato com a família por volta das 11h. Desde o desaparecimento, parentes acreditam que ela tenha sido alvo de um crime, mas descartaram a possibilidade dela ter sido vítima de feminicídio pelos ex-companheiros ou pelo atual.
"O ex-marido dela mora em Portugal, o pai das crianças, tudo bem tranquilo. O marido dela atual é bem de boa, da igreja junto com ela. Nenhum deles são suspeitos", garantiram à época. O rastreamento do celular da vítima mostrou que Adriana chegou às 10h22 no Alcântara e a mãe contou que ela telefonou às 10h43 dizendo que aguardava a entrevista. Um pouco mais tarde, às 11h09, a mulher ligou para a filha e afirmou que estava no ponto esperando pelo ônibus.
Imagens de câmeras de segurança do dia 20 de janeiro mostram Adriana no ônibus da linha 53 (Cala Boca), da Viação Rio Ouro, sentido Maricá. Ela desce no ponto da Avenida Carlos Marighella, em Itaipuaçu, em frente ao M4 Clube e Escola de Tiros, sentido Barroco. Após sair do coletivo, a mulher aparece sendo colocada em um carro por dois homens, que não foram identificados, e não foi mais vista. Segundo as investigações da polícia, os suspeitos estariam seguindo a vítima por todo o trajeto que ela fez.
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