Rio - A família do adolescente desaparecido há 14 dias na Praia de Ipanema, na Zona Sul do Rio, terá que aguardar o prazo de 30 dias para saber se o cadáver encontrado na Praia do Recreio, na segunda-feira (14), é do jovem. O pai do jovem, André Soares da Silva, de 36 anos, esteve no Instituto de Pesquisa e Perícias em Genética Forense (IPPGF), no Centro do Rio, por volta das 15h, para realizar um exame de DNA. O material genético do pai será comparado com o gene do corpo. Esse foi o segundo exame solicitado pelo Instituto Médico Legal (IML) para tentar identificar o cadáver.
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Bastante abalado, André disse que a espera pelo resultado é angustiante e que o sofrimento só se prolongou com a estimativa da divulgação do resultado. "A gente quer a resposta o mais rápido possível para podermos dar um enterro digno para ele, é o mínimo que podemos fazer. Até mesmo para amenizar nossos corações e vivermos um pouco em paz", desabafou.
Enquanto o exame para identificar o corpo não sai, as equipes do Corpo de Bombeiros continuam as buscas pelo menor. Os militares usam botes, helicóptero e motos aquáticas na operação.
O IML do Centro fez um primeiro exame no corpo encontrado na Praia do Recreio, no entanto, não foi possível identificar o cadáver. A família do adolescente também acompanhou o primeiro exame.
Relembre o caso
D. M. S., de 13 anos, desapareceu no dia 5 de agosto no mar da Praia de Ipanema, na Zona Sul do Rio. O adolescente estava na beira da água quando uma onda o atingiu e o carregou. Seu padrasto, assim como outros banhistas, tentaram socorrê-lo, mas não conseguiram.
Bombeiros foram acionados e começaram as buscas pelo menino ainda naquele dia. Até a tarde desta segunda-feira (14), os militares utilizavam helicópteros, botes e motos aquáticas para tentar encontrá-lo. As buscas continuaram até quando o mar estava de ressaca.
Segundo André, o menino era extrovertido e gostava de brincar com diferentes pessoas, tendo muitos amigos. "Um garoto alegre que gostava de brincar. Muito divertido. Gostava de dançar muito. Vão ficar boas lembranças dele. Infelizmente, não podemos fazer muita coisa. Só aguardar. Ele viveu uma boa vida com certeza. Era um garoto que gostava de brincar, tinha muitos amigos, era muito querido. Vai deixar saudades", lamentou o pai.
A família da vítima fez uma vaquinha para arrecadar dinheiro e arcar com os custos de deslocamento e alimentação para acompanhar as buscas presencialmente. Os familiares, que moram em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, foram todos os dias até a Zona Sul para assistir as buscas. A meta inicial era de R$ 700, no entanto, foi arrecadado mais de R$ 2,9 mil.
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