Campanha inicia com evento na sede da Defensoria Pública do Rio, nesta quarta-feira (30), às 10 horasDivulgação

Rio - A Defensoria Pública e o Governo do Rio promovem, nesta quarta (30) e quinta-feira (31), uma campanha de prevenção ao desaparecimento de pessoas com ações educativas que serão realizadas nestes dias. O projeto visa reduzir os números divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), que no primeiro semestre de 2023 registrou 2.900 pessoas desaparecidas, aumentando cerca de 11% comparado ao mesmo período de 2022.

A programação inicia nesta quarta-feira (30), às 10 horas, na sede da Defensoria Pública do Rio. O evento terá como tema o “Enfrentamento e Prevenção ao Desaparecimento de Pessoas no Rio de Janeiro: Avanços e Desafios”. Na ocasião, serão abordados os “avanços da política de enfrentamento e prevenção ao desaparecimento de pessoas” e “os desafios ainda a serem superados”.
No local estarão presentes representantes de diversos órgãos públicos. No mesmo dia, uma missa será celebrada, às 16 h, pelo Padre Omar, na Capela de Nossa Senhora Aparecida, no Cristo Redentor.

Na quinta-feira (31), com apoio do MetrôRio, haverá distribuição de material de conscientização na estação da Carioca, entre 7 e 10 hrs. Os vídeos da campanha serão veiculados nas TVs dos trens da concessionária, nos mobs e telões das estações Carioca/Centro e Jardim Oceânico/Barra da Tijuca.

Jovita Belfort, superintendente de Pessoas Desaparecidas e Acesso à Documentação Básica, comenta sobre o projeto. “Só com campanhas de conscientização e de prevenção será possível reduzir esse fenômeno que, anualmente, penaliza milhares de famílias no nosso estado. Existem mitos em relação, por exemplo, a notificação dos casos. As famílias podem, e devem registrar imediatamente os desaparecimentos em qualquer delegacia, afirmou.

Em 2022, 5.255 pessoas desapareceram em todo estado, um aumento de 30% em relação a 2021, o que destaca a importância de tratar sobre a temática e da prevenção para evitar novos casos.

Maria Julia Miranda, subcoordenadora do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (Nudedh) da DPRJ, explicou o impacto dessas estatísticas. “Os números são impactantes, o que torna imprescindível haver ações por parte do Poder Público e da sociedade civil, para dar visibilidade ao tema a fim de garantir políticas públicas na área, bem como acesso à justiça aos familiares das pessoas desaparecidas”, acrescentou.

O projeto é realizado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos e a Defensoria Pública do Estado, com o apoio do Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor, Metrô Rio e do Comitê Internacional da Cruz Vermelha.