Yuri de Moura Alexandre é acusado de agredir o ator Victor Meyniel neste sábado (02)Reprodução

Rio - A defesa do estudante de Medicina Yuri de Moura Alexandre, de 29 anos, apresentou uma certidão de casamento com outro homem, durante audiência de custódia, na segunda-feira (4), para evitar a manutenção da prisão. Ele foi preso por espancar o ator Victor Meyniel, de 26 anos.

Mesmo com a tentativa de alegar que Yuri já teve um relacionamento homoafetivo, o juiz converteu a prisão do estudante para preventiva por causa da violência das agressões.

De acordo com o juiz Bruno Rodrigues Pinto, da Central de Custódia, os advogados Juliana Viana Zaxhm e Lucas Ferreira Oliveira tentaram fazer com que Yuri respondesse em liberdade.
Certidão de casamento de Yuri de Moura Alexandre com outro homem - Reprodução
Certidão de casamento de Yuri de Moura Alexandre com outro homemReprodução


"Importante registrar que, embora custodiado já tenha sido casado com um outro homem e possua interesse em pessoas do mesmo sexo, tais fatos não impedem que ele tenha praticado o delito de lesão contra a vítima e a injuriado por homofobia", disse o magistrado em sua decisão.

A certidão de casamento do estudante de medicina indica que a união aconteceu em março de 2020, em comunhão parcial de bens. O documento é de um cartório em Araruama, na Região dos Lagos.

Relembre o caso

Na manhã do último sábado (2), o ator Victor Meyniel, foi brutalmente agredido na portaria de um apartamento em Copacabana, na Zona Sul do Rio, por Yuri de Moura Alexandre.

Segundo Ricardo Brajterman, advogado do ator, Victor e o Yuri se conheceram na noite de sexta-feira (1º), na boate SubStation, e, após a festa, se dirigiram para o apartamento do agressor, na Rua Siqueira Campos. No dia seguinte, pela manhã, quando o ator se despediu de Yuri na portaria do prédio, a sexualidade do agressor foi revelada ao porteiro do edifício.

Nas imagens que foram gravadas pelo circuito de segurança do prédio, o agressor joga Victor no chão e distribui socos contra ele. Nesse momento, o porteiro do prédio observa as agressões sem intervir ou prestar socorro à vítima agredida.

Em virtude do fato, a delegada Débora Rodrigues, da 12ª DP (Copacabana), também abriu um registro de ocorrência contra o porteiro por omissão de socorro.