Rio - A Polícia Civil investiga a morte de Anderson Carvalho da Silva, de 44 anos, baleado na comunidade do Corte 8, em Duque de Caxias, na manhã desta quarta-feira (6). Esta é a terceira morte na região em menos de 15 dias.
O caso foi registrado na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) e investigações estão em andamento para apurar a autoria e a motivação do crime.
Durante a manhã, moradores registraram a presença de um blindado da Polícia Militar na comunidade. De acordo com o comando do 15º BPM (Duque de Caxias), não houve confronto armado envolvendo equipes da unidade na região no momento da ação.
Três vítimas em 10 dias
Essa não é a primeira morte na comunidade, que vive dias de tensão devido a uma disputa entre traficantes. No dia 28 de agosto, o morador Márcio Rodrigo da Silva, de 47 anos, foi morto após um ataque a tiros feito por criminosos do Corte 8. Cléverson Ferreira da Silva, de 45, amigo da vítima, ficou ferido e foi levado para o hospital. Os dois iam tomar café antes de seguir para o trabalho.
Segundo informações de pessoas próximas das vítimas, os dois foram abordados pelos criminosos, que os revistaram por suspeitar que estivessem armados. Os bandidos os confundiram com policiais e dispararam, atingindo Márcio seis vezes.
O segundo baleado foi um outro morador, de aproximadamente 60 anos, não identificado, que morreu durante um intenso tiroteio entre traficantes e policiais do 15º BPM (Duque de Caxias), no último dia 30. A vítima foi socorrida e levada pelos próprios PMs para o Hospital Municipal Moacyr Rodrigues do Carmo, no mesmo município, mas não resistiu e morreu.
Ocupação no Complexo da Mangueirinha
O Complexo da Mangueirinha, em Duque de Caxias, vive dias de tensão. No último dia 23 dois suspeitos foram mortos durante uma operação nas comunidades Sapo, Corte Oito, Lagoinha e Dick. O frentista Jefferson Santos Grijo de Lima, de 27 anos, foi atingido por uma bala perdida e ficou ferido. Ele foi socorrido e levado para o Hospital Municipal Adão Pereira Nunes e teve alta no dia seguinte.
Um dos mortos na operação foi identificado como Beto Sales, o Beto do Sapo, apontado como chefe do tráfico de drogas no complexo de favelas.
A PM está em processo de montar três bases móveis no interior das comunidades com objetivo de garantir policiamento ostensivo 24 horas por dia na região.
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