Giovana Anselmo Sodré, de 27 anos, deixa dois filhos, de 8 e 4 anosReproduções/Redes sociais

Rio - A família de Giovana Anselmo Sodré, de 27 anos, morta a facadas pelo ex-marido em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, luta pela guarda das duas crianças, de 4 e 8 anos, que estão sob a responsabilidade da família do criminoso. Ao DIA, a irmã da vítima, Alicia Gaspar Sodré, de 20 anos, contou que as irmãs de Iago Magno Thomas, de 30 anos, autor confesso do crime, estão com as crianças e que não pretendem entregá-los para sua família. O menino e a menina são filhos de Giovana e Iago e moravam com a mãe.
"Só quero meus sobrinhos do meu lado. Ele [Iago] já tirou uma parte de mim, não quero que meus sobrinhos fiquem com eles. Estou sentindo uma dor tremenda, ele acabou com a minha família. Deixo bem claro, se tiver que entrar na Justiça para pegar meus sobrinhos, eu vou entrar", afirmou Alicia. 
Ainda de acordo com a irmã da vítima, a família paterna teria informado ao Conselho Tutelar de Campo Grande, unidade que acompanha o caso, que a família materna não teria interesse na guarda. "Nós vamos ao Conselho Tutelar de Campo na segunda-feira (11) esclarecer isso e tentar recuperar a guarda. Só quero ter meus sobrinhos de volta", desabafou Alicia. 
Iago está preso temporariamente desde segunda-feira (4), após confessar ter matado a facadas a ex-companheira Giovana, que estava grávida de três meses de um outro relacionamento. O crime aconteceu dentro da casa da vítima, na Rua Santo Augúrio, na noite de domingo (3). Ele vai responder por feminicídio. Amigos e familiares acreditam que a motivação do crime foi porque Iago não aceitava o fim do casamento com Giovana, com quem esteve junto por cerca de nove anos.
Daiane Gonçalves, de 28 anos, também irmã de Giovana, já havia contado sobre a dificuldade de pegar as crianças dois dias depois do crime. "O pai dela foi tentar pegar as crianças, mas não liberaram. A menina e o menino estão na casa da irmã dele. Estamos tentando recuperar eles", disse a irmã ao DIA na terça-feira (5).
A investigação está em andamento na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). O corpo de Giovana foi sepultado no Cemitério Municipal Ricardo de Albuquerque, nesta quarta-feira (6), às 13h45.
A reportagem tenta contato com o Conselho Tutelar de Campo Grande para saber quais serão os próximos passos do processo de guarda das crianças.