Cartaz pede informações sobre envolvidos na morte do policial reformado Marcelo da SilvaDivulgação/Disque Denúncia

Rio - A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga se a morte de Marcelo Amaro Rodrigues da Silva, policial militar da reserva, tem relação com o ataque que destruiu uma unidade da empresa de internet FHP Fibra, em Guadalupe, na Zona Norte do Rio, horas antes do assassinato. Segundo moradores, o policial era representante da empresa e teria ido até Guadalupe negociar a entrada de funcionários no local para realizarem o reparo do serviço para os clientes.
Veja como ficou a unidade da empresa FHP após o ataque:
O crime contra o PM aconteceu na Rua Marcos de Macedo, que liga a Avenida Brasil ao Complexo do Chapadão. Marcelo dirigia um carro preto, modelo Fiat Touro, e foi morto por um homem que estava em outro carro. O criminoso atirou na cabeça da vítima, que morreu na hora. Por conta do impacto, Marcelo perdeu a direção do veículo e derrubou o muro de uma residência. O criminoso fugiu em seguida.
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga a morte do PM. Ainda não há informações sobre o sepultamento de Marcelo Amaro. A Polícia Civil ainda não respondeu se investiga o ataque contra a FHP Fibra.
Em um comunicado nas redes sociais, a empresa de internet confirmou o atentado e disse que estava tentando retomar as atividades. "Durante esta manhã nossos técnicos se depararam com a nossa estação em Guadalupe arrombada e incendiada. Estamos mais uma vez buscando nos reerguer e entregar o melhor para vocês. Infelizmente estamos enfrentando essa falta de segurança mesmo que tentando apenas fazer o nosso trabalho bem feito. Estamos fazendo o levantamento dos prejuízos para poder entender e dar um prazo para retorno da rede em Guadalupe e Deodoro", informou a FHP em comunicado.
Dois homicídios em um mês
O crime ocorreu próximo ao local onde há um mês o ex-vereador Jair Barbosa Tavares, conhecido Zico Bacana, seu irmão e um terceiro homem foram mortos em um atentado. Questionada se o policiamento na região estava reforçado, nesta sexta-feira (8), a Polícia Militar informou que "o policiamento ostensivo urbano não tem relação com casos de homicídios e tentativas de homicídios, pois tratam-se de crimes com premeditação e articulação intencional".
No entanto, segundo moradores, a violência na região aumentou desde que os conflitos entre traficantes do Comando Vermelho, Terceiro Comando Puro (TCP) e a milícia tentaram dominar os territórios. O Complexo do Chapadão atualmente é dominado pelo CV e está localizado, além de Guadalupe, nos bairros de Anchieta, Costa Barros, Pavuna e Ricardo de Albuquerque. Traficantes da facção já entraram em confronto, em diversas ocasiões, com criminosos do TCP que dominam o Complexo da Pedreira, que abrange os bairros de Barros Filho, Coelho Neto, Parque Colúmbia, Costa Barros e Pavuna.
"Muito triste. Moro em Guadalupe há 58 anos, adoro esse bairro, mas a violência está geral", "Muito triste ver o bairro largado as traças", "Guadalupe pede paz", escreveram alguns moradores nas redes sociais.
Cartaz pede informações sobre morte de PM
O Disque Denúncia divulgou, nesta sexta-feira (8), um cartaz que pede informações sobre os envolvidos na morte do policial militar. Quem tiver informações sobre a identificação dos envolvidos na morte do PM da reserva, denuncie de forma anônima ao Disque Denúncia: Central de atendimento: (021) - 2253 1177 ou 0300-253-1177; WhatsApp Anonimizado: (021) – 2253-1177.