Audiência pública na Alerj sobre as irregularidades nas provas objetivas do concurso da PMReprodução / Alerj Digital

Rio - Uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) discutiu as possíveis irregularidades durante o concurso público para a admissão ao curso de formação de soldados da Polícia Militar. De acordo com deputado estadual Márcio Gualberto (PL), que presidiu a sessão, a discussão teve o objetivo de levantar formas de garantir a lisura do processo seletivo.
Para iniciar a sessão, a tenente-coronel Carla Martins, diretora de Recrutamento e Seleção de Pessoal da PMERJ, explicou as medidas tomadas pelo Instituto Brasileiro de Apoio e Desenvolvimento Executivo (Ibade) para supervisionar a aplicação das provas objetivas. Além disso, ressaltou que o concurso não foi anulado, mas sim a prova. Com isso, a PM estuda uma data para um novo exame e quem será responsável pela banca.
Em seguida, candidatos defenderam a não anulação da prova, alegando que não há provas concretas quanto a fraudes. Eles afirmaram que possíveis fraudadores não podem continuar no processo seletivo, mas que a avaliação precisa ser mantida. O deputado Márcio Gualberto explicou que as irregularidades ainda estão sendo investigadas pela Polícia Civil e o parlamentar Filippe Poubel (PL) afirmou que fraudadores não poderão realizar a nova prova.
As avaliações objetivas do Concurso de Formação dos Soldados de 2023 foram aplicadas no último dia 27. Uma operação da PM prendeu 20 pessoas, sendo 19 mandados de prisão cumpridos por crimes como fraude, deserção das Forças Armadas, receptação e roubo, e um ex-cabo preso em flagrante por falsidade ideológica, ao tentar prestar o exame com dados de outro candidato. 
O concurso teve o maior número de inscritos da história, com 119.541 pretendentes disputando 2 mil vagas. As provas objetivas aconteceram em 120 locais nas cidades do Rio, Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Niterói.