Artefato semelhante ao encontrado na Linha AmarelaReprodução

Rio - Um artefato explosivo, como o encontrado na manhã desta terça-feira (19) na Linha Amarela, pode ser um grande risco para a população e é apontado como instrumento de guerra utilizado por criminosos no Rio. De acordo com o delegado Fabrício Oliveira, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), o objeto, em um raio de 10 metros, pode causar amputações de membros e até mesmo a morte.

"Os criminosos daqui utilizam, muitas vezes, artefatos explosivos improvisados, que a gente chama, de maneira informal, de granada caseira. É realmente um instrumento de guerra utilizado por narcotraficantes, milicianos e criminosos violentos contra rivais e contra as forças estaduais de segurança", diz o delegado.

O artefato foi encontrado por uma equipe de manutenção da concessionária que atende a via. Policiais do Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE) acionaram o Esquadrão Antibombas da Core. O local foi isolado e o objeto detonado por volta das 8h10.
A decisão de explodir o artefato foi por conta da instabilidade que ele oferece. "Como se trata de um artefato de fabricação improvisada, a gente não sabe como vai se comportar. Ele é muito instável, inclusive, a variação de temperatura pode ser suficiente para que um artefato como esse detone e cause risco a vida das pessoas que estão transitando", explicou o delegado.

Em 2023, o Esquadrão Antibombas da Core já recolheu ou detonou cerca de 750 artefatos semelhantes ao encontrado na via. Desses, 90% são improvisados e 10% industriais. Além disso, o Esquadrão Antibombas é acionado de três a cinco vezes por dia para ocorrências relacionadas a explosivos.
De acordo com o delegado, caso um explosivo seja encontrado, a primeira medida a ser tomada é o isolamento do local. Em seguida, o Esquadrão Antibomba deve ser acionado. "Apenas técnicos conseguem fazer uma avaliação do local e tomar as medidas adequadas", afirma Fabrício.