Enterro de Douglas Braga, de 15 anos, aconteceu no Cemitério de JaperiFred Vidal / Agência O Dia

Rio - A Polícia Civil informou, nesta terça-feira (19), que ouvirá mais uma vez o professor de jiu-jítsu do adolescente D. S. B., de 15 anos, que morreu nesta segunda-feira (18) depois de ficar quase dois meses internado no Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI), na Baixada Fluminense, após ficar tetraplégico durante um treinamento.
D. era aluno do Centro de Treinamento (CT) Renan Teodoro, em Japeri, também na Baixada Fluminense. No dia 26 de julho, o adolescente estava treinando com com um atleta mais velho e de porte físico maior, sem a supervisão de um professor, conforme destacou Suzane Santos, mãe do adolescente, ao DIA.
"Teve uma disputa, ele [o adolescente] estava lutando com um aluno maior de idade e com porte físico muito maior do que o dele. Ele jogou meu filho no tatame com um golpe brusco e meu filho já caiu sem movimentos", disse.
Ainda de acordo com a mãe, o dono da academia a ligou dizendo que o menino tinha sofrido um 'tombo bobo', mas, por via das dúvidas, tinha chamado uma ambulância do Samu e pediu para que ela fosse até a academia.
"Cheguei lá e encontrei meu filho em uma maca e a médica falou para irmos logo pois a pressão dele estava muito baixa. Fomos direto para o Hospital Geral de Nova Iguaçu e fizemos uma tomografia, onde foi constatado que meu filho estava tetraplégico", lembrou.
No dia 1º de setembro, o pai do jovem registrou um boletim de ocorrência, na 63ª DP (Japeri), pelo crime de lesão corporal. Nesta terça-feira (19), a Polícia Civil informou que os agentes da delegacia vão ouvir novamente o professor do adolescente e aguardam os laudos periciais para análise. A investigação segue em andamento.
Morte após parada cardiorrespiratória
D. S. B. morreu nesta segunda-feira (18) após sofrer uma parada cardiorrespiratória no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do HGNI. Segundo a Prefeitura de Nova Iguaçu, o jovem estava em estado grave, com complicações clínicas e neurológicas. As equipes médicas fizeram manobras de reanimação, mas ele não resistiu.
Procurada sobre o assunto, o CT Renan Teodoro disse que recebeu a notícia do falecimento do aluno com "profundo pesar e tristeza". Em nota, a academia destacou que o ocorrido com o jovem foi uma fatalidade, tendo em vista que todos os treinos são supervisionados e feitos seguindo todas as regras de segurança.
Quanto ao aluno que treinava com o adolescente, o CT afirmou que ele se encontra suspenso em respeito aos pais e para preservação da integridade dele e todos ao seu redor. "Nesse momento nos solidarizamos com a família e respeitamos a sua dor", finalizou a nota.
O menino foi enterrado no fim da tarde desta terça-feira (19) no Cemitério de Japeri.