Adolescente estava internado a quase dois meses no Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI) Divulgação

Rio - O adolescente D. S. B., de 15 anos, que ficou tetraplégico após um treinamento de jiu-jítsu em Japeri, na Baixada Fluminense, morreu nesta segunda-feira (18) depois de quase dois meses internado no Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI), também na Baixada.
Segundo a Prefeitura de Nova Iguaçu, o jovem estava em estado grave, com complicações clínicas e neurológicas, e não resistiu a uma parada cardiorrespiratória. As equipes médicas do Centro de Terapia Intensiva (CTI) do HGNI fizeram manobras de reanimação, mas ele não resistiu.
D. S. B. treinava no Centro de Treinamento Renan Teodoro, em Japeri, com um atleta mais velho e de porte físico maior, sem a supervisão de um professor, conforme destacou Suzane Santos, mãe do adolescente, ao DIA.
"Teve uma disputa, ele [o adolescente] estava lutando com um aluno maior de idade e com porte físico muito maior do que o dele. Ele jogou meu filho no tatame com um golpe brusco e meu filho já caiu sem movimentos", disse.
Ainda de acordo com a mãe, o dono da academia a ligou dizendo que o menino tinha sofrido um 'tombo bobo', mas, por via das dúvidas, tinha chamado uma ambulância do Samu e pediu para que ela fosse até a academia. "Cheguei lá e encontrei meu filho em uma maca e a médica falou para irmos logo pois a pressão dele estava muito baixa. Fomos direto para o Hospital Geral de Nova Iguaçu e fizemos uma tomografia, onde foi constatado que meu filho estava tetraplégico", lembrou.
O pai do menino registrou um boletim de ocorrência, no dia 1º de setembro, na 63ª DP (Japeri) pelo crime de lesão corporal. Questionada sobre a investigação, a Polícia Civil informou que o professor de jiu-jitsu do jovem irá ser ouvido novamente pelos agentes da delegacia, que ainda aguardam laudos periciais para análise. 
O velório do adolescente é realizado na tarde desta terça-feira (19), na Assembleia de Deus Chacrinha, em Japeri. O sepultamento está marcado para às 17h30 no Cemitério de Japeri.
Posição da academia
Procurada sobre o assunto, o CT Renan Teodoro disse que recebeu a notícia do falecimento do aluno com "profundo pesar e tristeza". Em nota, a academia destacou que o ocorrido com o jovem foi uma fatalidade, tendo em vista que todos os treinos são supervisionados e feitos seguindo todas as regras de segurança.
Quanto ao aluno que treinava com D. S. B., o CT afirmou que ele se encontra suspenso em respeito aos pais e para preservação da integridade dele e todos ao seu redor. "Nesse momento nos solidarizamos com a família e respeitamos a sua dor", finalizou a nota.