Nayla vai à 35ª DP denunciar o filho mais velho de Davi Cléber Mendes

Rio - A menina Ana Beatriz da Silva Albuquerque, de 4 anos, foi enterrada na tarde desta segunda-feira (25) no Cemitério de Campo Grande, na Zona Oeste. A criança foi morta a golpes de martelo pelo ex-namorado da tia, Davi Souza Miranda, e teve o corpo queimado em seguida.
Na noite de sexta-feira (22), Natasha Maria Silva Gonçalves, mãe de Ana Beatriz, levou a filha e a sobrinha Luiza Fernanda da Silva Miranda, de 5 anos, filha de Davi, até Senador Camará, na Zona Oeste, para que a menina pudesse passar o dia com o pai. Ao chegar no local, Davi amarrou e torturou a ex-cunhada. Em seguida, matou as meninas a marteladas e ateou fogo na casa. 
A mulher conseguiu se soltar e levou as crianças até o portão da residência, quando foi socorrida por vizinhos que acionaram a Polícia Militar. Luiza e Natasha foram encaminhadas ao Hospital Albert Schweitzer, em Realengo. No entanto, a menina morreu ao dar entrada na unidade. Já Ana Beatriz foi levada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde chegou sem vida.
No domingo (24), a ex-cunhada do suspeito foi transferida para o Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, onde está internada em estado grave. O enterro de Luiza aconteceu no mesmo dia, no Cemitério de Realengo, em Padre Miguel.
De acordo com a Polícia Civil, Davi dirigiu do local do crime até cair com o carro na linha férrea na altura da Mangueira, na Zona Norte. Moradores da região socorreram o suspeito e viram um celular tocando. Uma pessoa atendeu, foi informada sobre o crime e acionou a polícia. Davi tentou fugir a pé, mas foi capturado por policiais do Segurança Presente na Rua Conde de Bonfim, em frente ao Tijuca Tênis Clube. Ele foi encaminhado à Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que investiga o caso.
Davi e a mãe de Luiza tiveram um relacionamento de nove anos e moravam juntos até a separação, há cerca de um mês. Segundo familiares, o suspeito era controlador, mas não demonstrava aos parentes da ex-namorada. Segundo relatos, a jovem de 23 anos não podia ter celular, amigos e nem acesso a redes sociais. O relacionamento acabou quando a mulher fugiu, registrou um boletim de ocorrência e conseguiu uma medida protetiva contra o ex-marido por violência doméstica. Porém, ele ainda tinha o direito de ver a filha uma vez por semana.