Exposição acontece no terceiro andar do Museu da Justiça, no Centro do RioThomaz Silva / Agência Brasil

Rio – A partir desta sexta-feira (29), o Museu da Justiça, no Centro da Cidade, vai receber uma exposição gratuita para celebrar os 100 anos de criação do Juizado de Menores do Distrito Federal. Os visitantes vão poder acessar documentos e imagens do acervo histórico e cultural do Poder Judiciário que retratam a realidade das crianças e jovens em situação de vulnerabilidade antes e depois da criação do serviço de proteção.
Dentre os destaques da mostra, estão livros de registros que pertenceram ao antigo Juizado de Menores, agora chamado de Vara da Infância e da Juventude. Segundo o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, o material foi tratado, digitalizado e selecionado pela equipe técnica do museu.
O Educandário Romão Mattos Duarte, espaço que acolhia menores abandonados no Rio de Janeiro, doou ainda materiais do seu acervo, como a “Roda dos Expostos”, mecanismo de madeira onde, no passado, eram colocados os bebês entregues para a instituição de caridade.
Além de celebrar o centenário da pasta protetora dos menores, a exposição deve trazer reflexões através da mudança de pensamento e de práticas desde o período colonial até os dias de hoje, especialmente em relação a crianças e adolescentes em situação de abandono ou envolvidos em atos delituosos.

A exposição 'Justiça da Infância e da Juventude: 100 anos' ficará aberta de segunda a sexta-feira, das 11 às 17h, Rua Dom Manuel, 29, 3º andar, Centro. A faixa etária é livre.
Sobre o Juizado
O Juizado de Menores do Distrito Federal foi criado no dia 20 de dezembro de 1923, no Rio de Janeiro, sendo o primeiro juízo da América Latina especializado na assistência, proteção, defesa, processo e julgamento de menores abandonados e em conflito com a lei. No dia 02 de fevereiro do ano seguinte denominou-se o seu o primeiro juiz, José Candido de Albuquerque Mello Mattos.
Em 2005 A Lei nº 4.504, alterou a nomenclatura dos Juizados da Infância e da Juventude, que passaram a ser chamados de Varas da Infância, da Juventude e do Idoso.