Bruno Moreira, morto em um assalto no ano passado, participou quando bebê da novela Barriga de Aluguel, exibida nos anos 90Reprodução

Rio - Wenderson da Silva Gonçalves, de 27 anos, conhecido como Gordinho ou Velhinho, foi preso, na noite desta sexta-feira (29), em Rocha Miranda, Zona Norte do Rio. Ele é suspeito de participar do latrocínio, roubo seguido de morte, do motorista de aplicativo Bruno Ferreira da Costa Moreira, que interpretou um bebê na novela 'Barriga de Aluguel', da TV Globo, nos anos 1990.
Policiais do 9º BPM (Rocha Miranda), com informações passadas pelo Disque Denúncia, localizaram o homem na Rua dos Diamantes. Os agentes foram até o local e conseguiram prender Wenderson, que não ofereceu resistência à abordagem dos militares.
A morte de Bruno aconteceu no dia 21 de junho de 2022, na esquina das Ruas Acapu e Carolina Assis, em Marechal Hermes, Zona Norte do Rio. Uma câmera de segurança gravou o momento da abordagem de dois homens em uma moto. Os criminosos, usando uma mochila de aplicativo de entrega, emparelharam com o veículo da vítima e deram ordem de parada, anunciando o assalto.
De acordo com investigações, Wenderson faz parte de uma quadrilha envolvida em diversos roubos de veículos na Zona Norte do Rio. Ele teria a função de permanecer em prontidão, preparado para desativar e remover os sistemas de rastreamento remoto dos veículos roubados pela quadrilha, tão logo estes fossem trazidos à comunidade da Guaxindiba, em Coelho Neto. Contra ele, havia um mandado de prisão pelo crime de roubo qualificado com lesão corporal grave.
Outros dois responsáveis pela morte da vítima já foram presos. Tiago da Silva Freitas Rosas, de 22 anos, conhecido como Burgão, se entregou na Cidade da Polícia (Cidpol), em agosto do ano passado. Ele é apontado como o autor do disparo que matou Bruno. Já Carlos Vinicius Bulhões de Assis, o Playboy ou Play, foi preso em Honório Gurgel, também na Zona Norte, em agosto deste ano. Ele que levou o carro roubado da vítima após a morte.
Lucas Tiago de Miranda Soares, o Coelhão ou Índio ou Pera, uma das lideranças do tráfico na comunidade da Guaxindiba, também é procurado pelo crime. Ele teria autorizado roubos na região e nos bairros adjacentes. E pelo acordo, os autores dos crimes poderiam ficar com metade dos veículos e telefones celulares roubados. O suspeito, que continua foragido, também teria fornecido os armamentos utilizados pelos assassinos.