Polícia faz operação na Vila Cruzeiro, na Penha, em resposta à morte de médicos na BarraReginaldo Pimenta / Agência O Dia
“A Polícia tem uma operação específica para cada momento. Hoje, temos uma facção criminosa que está tentando expandir território, gerando conflitos com outras organizações, trazendo uma certa instabilidade na segurança. O foco é voltado a elas. Todos serão atacados da mesma forma e ninguém ficará impune. Nesse primeiro momento estamos pacificando o território”, explicou o delegado.
“Não temos um rescaldo ainda, mas é para cumprimento de mais de 100 mandados de prisão. A grande diferença dessas operações é o emprego de muita tecnologia. Nós temos seis drones voando, temos câmeras de reconhecimento facial. Todos os integrantes dessa facção criminosa que tem mandado de prisão são alvos dessas operações. Uma atividade de inteligência detectou a migração dos chefes dessa organização criminosa a esses redutos. Decidimos aumentar o nosso escopo de atuação”, explicou.
Durante a ação na Vila Cruzeiro, dois helicópteros foram atingidos por tiros. Um desses veículos, da Polícia Civil, teve que fazer um pouso forçado na região. Um agente foi atingido por estilhaços, mas o ferimento não foi grave.
As operações são realizadas por mil agentes do Batalhão de Policiais Especiais (Bope), da Polícia Militar, e da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core), da Polícia Civil, com uso de blindados e helicópteros.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), as clínicas da família Rodrigo Y Aguilar Roig, no Complexo do Alemão, Klebel de Oliveira Rocha, em Olaria, e Ana Maria Conceição dos Santos Correia, na Vila Kosmos, mantêm o atendimento à população. Apenas as atividades externas realizadas no território, como as visitas domiciliares, estão suspensas. Todas as unidades ficam próximas à Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha.
Na região do Complexo da Maré, as clínicas da família (CF) Jeremias Moraes da Silva, Augusto Boal, Adib Jatene e Diniz Batista dos Santos, e o Centro Municipal de Saúde (CMS) Vila do João acionaram o protocolo de acesso mais seguro e, para segurança de profissionais e usuários, suspendeu o funcionamento na manhã desta segunda-feira (9).
Já a CF José Neves e o CMS Hamilton Land, na região da Cidade de Deus, mantêm o atendimento à população. Apenas as atividades externas realizadas no território, como as visitas domiciliares, estão suspensas.
A Secretaria Municipal de Educação (SME) informou que, até o momento, 41 unidades escolares foram impactadas, afetando 13.799 alunos, no Complexo da Maré; na Vila Cruzeiro, 16 unidades escolares foram impactadas, afetando 4.757 alunos; na Cidade de Deus, 7 unidades foram impactadas, e 1.842 alunos estão em atendimento remoto. Duas unidades tiveram horário de entrada adiado na região. As demais funcionam em atendimento presencial.
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