Ambulâncias blindadas auxiliam na megaoperação policial do Complexo da Maré
Rio de Janeiro é o único estado com esse tipo de veículo, que faz parte da frota do Grupamento Especial de Salvamento e Ações de Resgate (Gesar), da Polícia Militar
Duas ambulâncias blindadas foram usadas na operação do Complexo da Maré - Divulgação
Duas ambulâncias blindadas foram usadas na operação do Complexo da MaréDivulgação
Rio - Duas ambulâncias blindadas estão sendo utilizadas na megaoperação das polícias Civil e Militar no Complexo da Maré, na Zona Norte, nesta segunda-feira (9). Segundo o Governo do Rio, os veículos são equipados internamente com os recursos de uma UTI móvel e têm a mesma blindagem dos transportes das tropas.
O Rio de Janeiro é o único estado com este tipo de veículo, que faz parte da frota do Grupamento Especial de Salvamento e Ações de Resgate (Gesar), da Polícia Militar (PM). Por dentro, as ambulâncias são semelhantes às UTIs móveis e possuem um espaço amplo com itens necessários para um atendimento de emergência. Já na parte externa, a estrutura é semelhante aos "caveirões".
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De acordo com a Polícia Militar, este veículos são capazes de suportar impactos produzidos por armas de grosso calibre e de explosivos utilizados por criminosos. "O atendimento rápido e adequado reduzirá o índice de letalidade e de lesões graves em nossa tropa. Essas ambulâncias chegam para reforçar a segurança dos agentes", explicou o comandante da PM, coronel Luiz Henrique Pires, no final do ano passado, quando o governo comprou as ambulâncias.
Operações na Penha, Maré e Cidade de Deus
Policiais militares e civis realizam uma megaoperação na Vila Cruzeiro, dentro do Complexo da Penha, no Complexo da Maré, ambas na Zona Norte, e na Cidade de Deus, na Zona Oeste. A ação é uma resposta às mortes dos médicos na Barra da Tijuca, semana passada. Dois helicópteros das polícias foram atingidos por disparos, mas ninguém ficou ferido. Segundo o Governo do Rio, 1.000 agentes atuam nas comunidades.
O objetivo da ação é cumprir mais de 100 mandados de prisão e entre os alvos estão criminosos da cúpula do Comando Vermelho (CV) envolvidos em disputas territoriais. Wilton Carlos Rabello Quintanilha, o Abelha, e Edgar Alves de Andrade, o Doca estão entre os procurados. Outro alvo é Juan Breno Malta Ramos Rodrigues, o BMW, que teria participado do ataque aos ortopedistas. A principal tese da investigação é que o médico Perseu Almeida tenha sido confundido com o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa.
Até o momento, nove pessoas foram presas, sendo seis com mandado de prisão em aberto e três em flagrante. Um depósito de produção de drogas foi descoberto, no Complexo da Maré. No local, criminosos também produziam artefatos explosivos, de acordo com a Polícia Militar. Armas e entorpecentes também foram apreendidos depois de serem encontrados enterrados perto da Escola Municipal Vereadora Marielle Franco, ainda na Maré.
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