Rio - Um grupo de pelo menos seis jovens tentou fechar os acessos ao Complexo da Maré pelas linhas Vermelha e Amarela durante a operação da Polícia Militar que ocorre nesta segunda-feira (16). Imagens obtidas pelo DIA mostram o grupo jogando objetos em cima dos veículos que tentavam passar pelo local.
No momento do protesto, uma viatura da Polícia Militar também passava pela região e desfez o fechamento das vias. Ainda não há informações sobre prisões.
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De acordo com a Lamsa, concessionária que administra a Linha Amarela, manifestantes interditaram por cerca de 30 segundos duas faixas da Linha Amarela, sentido Barra da Tijuca, na altura da Vila do João, comunidade onde foi registrado um intenso confronto entre criminosos e policiais militares logo no início da manhã.
Segundo as primeiras informações, as vias teriam sido fechadas a mando do tráfico local que estaria insatisfeito com as constantes operações na Maré que já estão no quinto dia. No momento, as vias já estão liberadas. O trânsito apresenta boas condições em ambos os sentidos.
Em nota, a PM informou que agentes do Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE) retiraram sacos de lixo em chamas da via, que já flui normalmente. O policiamento segue reforçado na região.
Cinco dias de operação
Nesta segunda-feira (16), um suspeito morreu após ser baleado durante confronto. Os agentes do Batalhão de Choque e outras unidades do Comando de Operações Especiais atuam nas comunidades da Vila dos Pinheiros, Vila do João, Salsa e Merengue e Conjunto Esperança, na Maré. Todas dominadas pelo Terceiro Comando Puro (TCP), segunda maior facção do estado do Rio.
Nos últimos quatro dias de operação, o trabalho integrado das forças de segurança resultou na prisão de 24 criminosos, apreensão de mais de meia tonelada de maconha e drogas sintéticas, assim como de 100 kg de pasta base de cocaína. Mais de 10 fuzis e 101 veículos também foram apreendidos, além de 42 toneladas de barricadas terem sido retiradas das ruas.
Os moradores da Maré também ganharam de volta o acesso à piscina do Complexo Esportivo da comunidade. A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), que é parceira na ação, confiscou 248 aparelhos celulares em Bangu 3 e 4. Em média, já foram contabilizados R$ 20 milhões de prejuízo para as organizações criminosas.
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