Ministro da Justiça Flávio Dino afirmou que investigação sobre execução de vereadora avançaReginaldo Pimenta/Agência O Dia

Rio - O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou nesta segunda-feira (16) que as investigações sobre o assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes estão avançadas e o cenário para conclusão do caso é "promissor'. A declaração foi dada durante coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira na Casa Firjan, em Botafogo, Zona Sul do Rio. 
"Em relação a esse terrível caso, temos uma equipe dedicada e as investigações estão evoluindo e em andamento, com uma perspectiva promissora, segundo aqueles que estão no comando da investigação", disse Dino.

O ministro se reuniu com direções da Força Nacional, da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal a respeito da colaboração da Força Nacional no estado. A Força Nacional vai começar a atuar nesta terça-feira (17) nas rodovias federais do Rio de Janeiro em apoio à Polícia Rodoviária Federal (PRF). Os 300 agentes da Força Nacional chegarão ao estado, no máximo, até o próximo sábado (21). 
Caso Marielle
Segundo uma delação premiada do ex-policial militar Élcio de Queiroz, preso por dirigir o carro usado no dia do assassinato, Ronnie Lessa tentou matar Marielle no final de 2017. A vereadora e Anderson Gomes foram mortos a tiros em 14 de março de 2018.
Queiroz afirmou que Ronnie Lessa, responsável pelos disparos, estava planejando o crime desde o segundo semestre daquele ano. Durante a virada para o ano de 2018, a qual passaram juntos, Lessa teria falado para o amigo que tentou matar Marielle semanas antes, mas o plano foi frustrado.
Na ocasião, a vereadora estava em um táxi no Estácio, região central do Rio, quando Lessa e o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, que dirigia o veículo, se aproximaram, mas não conseguiram realizar o assassinato. Suel, que foi preso pela Polícia Federal durante a Operação Élpis, teria alegado problemas mecânicos no carro em que estavam no momento da aproximação.
Élcio ainda esclareceu que, além de Maxwell e Ronnie, também estava no veículo nesse dia o policial militar Edmilson Oliveira da Silva, o Macalé, que foi assassinado em uma emboscada no mês de novembro de 2021, em Senador Camará, na Zona Oeste do Rio.
A delação ainda apontou as funções do trio no dia dessa tentativa frustrada. Suel dirigia o veículo enquanto Lessa estava armado com uma submetralhadora MP5 no banco do carona. Edmilson estava no banco de trás portando um fuzil modelo AK47.
Segundo Élcio, Ronnie o contou que o homicídio não aconteceu neste dia planejado porque Maxwell, na sua percepção, teria hesitado.