Na foto, a coletiva de imprensa com o ministro da justiça e segurança, Flávio Dino, na tarde desta segunda-feira (16), na Casa Firjan, em Botafogo, no RioReginaldo Pimenta/Agência O DIA
Dino ressalvou que o planejamento é dinâmico e que poderá ser alterado de acordo com o resultado das ações. A avaliação deve ser feita após três semanas. A depender dos resultados da cooperação do Governo Federal, o ministro afirmou que pode intensificar o apoio ao estado, com envio de mais agentes, inclusive com a participação das Forças Armadas para atuar na segurança pública no estado, citando a Lei Complementar 97.
"Estamos debatendo. Não há conclusão ou decisão. Temos outras possibilidades a depender da evolução dos fatos. Ninguém vai manter o mesmo planejamento por meses a fio. É preciso aferir resultados semana a semana", disse Dino.
O ministro acrescentou que interrompeu a conversa com o Ministério da Defesa sobre a participação das Forças Armadas por conta da guerra no Oriente Médio. "Quando eu era bem jovem eu jogava xadrez. A cada jogada você pensa em dez na frente. Nossa equipe, especialistas em segurança pública, define o próximo passo", afirmou, citando a possibilidade de aplicar a Lei Complementar 97 que autoriza que mesmo sem GLO as Forças Armadas auxiliem as forças policiais.
Ainda na dimensão da ostensividade, o Ministério da Justiça anunciou o fortalecimento de equipes da PF no porto e na Baía de Guanabara, com novas lanchas blindadas e efetivo para patrulhamento ostensivo. Esse trabalho será partilhado com a Marinha.
O segundo eixo é de inteligência e investigação. "Tivemos exemplo exitoso na semana passada que ilustra o que vamos fortalecer, que foi a apreensão de 47 fuzis na Barra da Tijuca, operação que ensejou desdobramentos e identificou espécie de montadoras de fuzis em Belo Horizonte", exemplificou Dino.
"A diretriz da PF é identificação dos esquemas de lavagem de dinheiro e descapitalização das organizações criminosas", completou.
O ministro afirmou que não há previsão de compra de câmeras corporais neste momento para uso por parte da Força Nacional. Dino acrescentou que o governo recebeu uma doação de câmeras dos Estados Unidos, prevista para chegar ao Brasil ainda em outubro, que serão destinadas à PRF e à PM da Bahia.
A Força Nacional é um Programa de Cooperação Federativa do Governo Federal gerida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. A finalidade do programa é a preservação da ordem pública, a segurança de pessoas e de patrimônio e atuação em emergências e calamidades públicas. A Força Nacional não faz parte das Forças Armadas e é composta por policiais militares, corpos de bombeiros, policiais civis e profissionais de perícia.
A Força Nacional pode ser empregada em qualquer parte do território nacional mediante autorização do Ministério da Justiça. Ela atua de acordo com as solicitações dos governadores de estado ou dos ministros de estado para apoiar um ente estadual ou um ente federal. Todos os operadores passam por um treinamento e capacitação chamado Instrução de Nivelamento de Conhecimento.
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