Rio - A ucraniana Viktoriia Zorina, de 29 anos, que estava ao lado do marido russo Konstantine Glazkov, de 32 anos, viu o companheiro ser esfaqueado enquanto era jogada no chão por um criminoso. Konstantine levou uma facada enquanto passeava pelo Centro do Rio, na manhã de domingo (15). A principal suspeita de disparar o golpe com arma branca é Vaniele dos Santos Andrade, de 36 anos, presa em flagrante com uma faca.
Segundo a ucraniana, a mulher teria agido junto com um comparsa, que conseguiu fugir antes da chegada dos policiais do 5º BPM (Praça da Harmonia). O russo foi socorrido posteriormente por policiais do Segurança Presente para o Hospital Souza Aguiar, também no Centro, e liberado horas depois.
O caso foi registrado na Delegacia de Proteção ao Turista, no Leblon, que investiga o crime. O comparsa da suspeita ainda não foi localizado.
Casal estava de férias
O casal estava de férias no Rio de Janeiro tentando aproveitar o momento de lazer longe da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que já vez milhares de vítimas. Por causa da violência em seus respectivos países, os turistas se mudaram para Dubai e não esperavam correr risco de vida durante um passeio de férias.
No domingo (15), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que o exército russo está avançando na frente na Ucrânia, especialmente em torno da cidade de Avdiivka (leste), alvo há dias de um cerco em grande escala por parte das tropas de Moscou, enquanto as forças ucranianas afirmam estar repelindo esta ofensiva.
Nas últimas semanas, as forças russas conseguiram assumir o controle do norte e do sul da cidade, além de dominarem o leste, apertando progressivamente o cerco, com a esperança, no longo prazo, de fazer o Exército ucraniano se afastar ainda mais da capital da província de Donetsk, atingida todos os dias por bombardeios de Kiev.
Com base em imagens publicadas nas redes sociais, diferentes analistas afirmam, no entanto, que Moscou sofreu perdas materiais significativas.
Em sua sessão informativa diária, o Exército ucraniano negou as afirmações russas, alegando que seus homens "repeliram" os ataques de Moscou na área. "O inimigo não cessa de tentar furar nossas defesas, mas sem sucesso", frisou.
No sábado, 14, o prefeito ucraniano de Avdiivka, Vitali Barabach, relatou uma situação "muito tensa" e que os russos estão tentando "cercar a cidade" com "cada vez mais tropas". Segundo ele, cerca de 1,6 mil civis permanecem em Avdiivka, já que os constantes bombardeios dificultam a retirada da população. Antes da ofensiva russa, a cidade tinha 30 mil habitantes.
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