Caso ocorreu na última terça-feira (17)Reprodução
Justiça do Rio concede liberdade provisória à turista suspeita de racismo no Cristo Redentor
Funcionário de empresa de trem que opera no local teria sido chamado de 'macaco'
Rio - A Justiça do Rio concedeu, nesta quinta-feira (19), liberdade provisória à turista chilena Camila Andrea Faundez Torres, presa em flagrante na terça-feira (17), após chamar de macaco o funcionário Lucas de Oliveira Timóteo, da empresa Trem do Corcovado. Foram impostas ainda medidas cautelares a serem cumpridas pela mulher, que responde por injúria racial.
O juízo da Central de Audiência de Custódia (CAC) de Benfica entendeu, após manifestação favorável do Ministério Público pela liberdade provisória da chilena, que a mulher não apresenta perigo em seu comportamento, nem indícios que ela se dedique a práticas criminosas.
A decisão impôs que Camila deve se comprometer a comparecer a todos os atos processuais, seja presencialmente ou de forma virtual, informar ao juízo eventual alteração de endereço e comunicar ao juízo onde tramita o processo a data em que deixará o país, no prazo máximo de 5 dias (ou em data anterior, caso a data da viagem esteja agendada em menos tempo), para a manutenção do direito.
Relembre o caso
A prisão foi realizada na tarde desta terça-feira (17), por agentes do Segurança Presente de Laranjeiras. De acordo com os policiais que atuaram na ocorrência, Camila Andrea Faundez Torres teria chamado de 'macaco' o funcionário Lucas de Oliveira Timóteo na estação de desembarque do ponto turístico. O homem trabalha como receptivo, auxiliando turistas na chegada e saída do local.
A mulher estava junto com uma amiga visitando o Cristo. Ela chegou no Brasil há 10 dias e tem previsão de volta para o Chile neste sábado (21).
Os envolvidos e as testemunhas foram encaminhados para a 9ª DP (Catete). Posteriormente, foram levados para a 12ª DP (Copacabana), onde o caso foi registrado.
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