Loja de fachada, em Niterói, seria destino das duas cargas de maconhaReprodução / Google Street View
PF investiga se destino de carga de maconha desviada por policiais civis é uma loja de fachada
Investigadores encontraram semelhanças entre o transporte das 16 toneladas de droga interceptada por agentes da DRFC e uma carga apreendida pela PF, em 2021
Rio - A Polícia Federal investiga se a loja que receberia as 16 toneladas de maconha desviadas por policiais civis seria apenas de fachada. O estabelecimento, localizado no bairro do Fonseca, em Niterói, também era o destino de uma carga de 11,6 toneladas de maconha apreendida pela PF em 2021.
Os investigadores encontraram semelhanças com relação às cargas. Vindas do Mato Grosso do Sul, as duas indicaram, na nota fiscal, que o produto transportado seria frango congelado. No entanto, tratava-se de maconha e a carga e seria levada ao mesmo endereço, uma distribuidora de carnes localizada em Niterói.
Nesta quinta-feira (19), a PF realizou a 'Operação Drake' para prender um advogado e quatro policiais da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) envolvidos no desvio das 16 toneladas de maconha. Os presos são Juan Felipe Alves da Silva, Renan Macedo Villares Guimarães, Alexandre Barbosa da Costa Amazonas e Eduardo Macedo de Carvalho; e o advogado Leonardo Sylvestre da Cruz Galvão.
De acordo com as investigações, o caminhão foi interceptado pelos policiais civis na Rodovia Presidente Dutra e encaminhado à Cidade de Polícia. Na especializada, os agentes negociaram, mediante ao pagamento de propina por intermédio de um advogado, a liberação da carga e a soltura do motorista.
Após o combinado, duas viaturas da DRFC escoltaram o caminhão até os acessos da comunidade de Manguinhos, na Zona Norte, onde a carga foi descarregada por criminosos. A região é controlada pelo Comando Vermelho (CV), uma das maiores facções criminosas do estado.
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