Lojas começam a recolher produtos no Calçadão de Campo Grande, na Zona OesteReprodução / Redes sociais

Rio - O clima é de apreensão na tarde desta terça-feira (24), no Calçadão de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. Por volta das 15h, algumas lojas começaram a recolher produtos expostos em frente aos estabelecimentos. A previsão é de que fechem as portas às 16h30, por receio de supostas ameaças de novos ataques criminosos que circulam nas redes sociais. Outros comércios da avenida não têm previsão para fechamento. 
Com pouco movimento, não há correria e há uma certa tranquilidade, apesar do medo. Vídeos divulgados nas redes mostram lojistas guardando materiais nos interiores dos estabelecimentos. Em conversa com o DIA, uma atendente explicou que o fechamento é por precaução. "Vamos fechar por conta desses relatos de ameaças. Não sabemos se é verdade, mas é melhor prevenir pela saúde dos funcionários", explicou.
Em Santa Cruz, 12 unidades de Atenção Primária da rede municipal de Saúde foram fechadas. Além disso, 16 suspenderam as visitas domiciliares devido a barricadas nas ruas e ameaças aos profissionais. A estimativa é de que 7 mil pacientes ficaram sem atendimentos. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), forças de segurança foram acionadas, pedindo apoio para garantir a segurança nas unidades.
Na tarde de segunda-feira (23), a Zona Oeste sofreu com ataques terroristas a 35 ônibus e um trem. Após a morte do miliciano Matheus da Silva Rezende, o "Faustão", em operação da Polícia Civil, criminosos incendiaram os coletivos.