Gabriel Mongenot é do Mato Grosso e estava no Rio para a apresentação da cantora Taylor SwiftReprodução / Redes Sociais

Rio - Na última segunda-feira (20), a matéria do DIA intitulada "Fã da Taylor Swift morto em Copacabana levou 23 facadas, aponta investigação" publicou erroneamente a informação referente a quantidade de facadas que Gabriel Mongenot Santana Milhomem Santos sofreu. O estudante sul-mato-grossense, que estava no Rio para o show da cantora, foi golpeado uma vez no tórax no domingo (19) e morreu. A matéria inicial foi corrigida nesta terça-feira (21), às 14h30.
A vítima que levou 23 facadas foi a jovem paraibana Bruna Lopes da Silva Araújo, de 24 anos, encontrada morta no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, também no domingo (19). Bruna foi morta após sair de uma festa, na comunidade da Vila do João. A jovem chegou a ser socorrida para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da região, mas não resistiu aos ferimentos. Segundo relatos, o suspeito pela morte de Bruna seria o namorado dela, com quem a jovem estaria morando há aproximadamente seis meses no Rio de Janeiro.
Latrocínio contra fã
Gabriel era natural de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, mas morava em Belo Horizonte e veio ao Rio acompanhar o show na noite do sábado (18), no Estádio Nilton Santos. Os três suspeitos de cometerem o crime foram presos no domingo (19). A investigação está em andamento na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). 

Gabriel estava hospedado em um hotel na Barra da Tijuca, Zona Oeste, desde sexta-feira (17), e visitou pontos turísticos da cidade, entre eles a Praia de Copacabana, na Zona Sul, onde o crime aconteceu. O fã estava com um grupo de amigos na areia quando foi abordado pelos criminosos, que anunciaram o assalto. Uma prima ainda relatou que a vítima estava cansada e dormia quando foi surpreendida pelos bandidos. Ao se assustar com a movimentação, os criminosos teriam acreditado que ele reagiu e o esfaqueado. Os ladrões levaram a chave de um veículo e dois telefones celulares.

De acordo com familiares, o estudante estava empolgado para a apresentação e foi encontrado com as pulseiras da amizade que fãs da cantora norte-americana costumam usar. No domingo, parentes da vítima estiveram no Instituto Médico Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Centro do Rio, para liberar o corpo, que segue para o Mato Grosso do Sul, onde ele será sepultado com a roupa que customizou para o show de Taylor Swift.

Suspeitos tinham extensa ficha criminal

Os três suspeitos pela morte foram presos ainda no domingo, Alan Ananias Cavalcante e Anderson Henrique Brandão logo após e crime, e Jonathan Batista Barbosa por volta das 16h, na Lapa, no Centro do Rio. O trio possui uma extensa ficha criminal, com os dois primeiros presos pelo furto de 80 barras de chocolate, na última quinta-feira (16), e soltos em audiência de custódia cerca de 12 horas antes da morte de Gabriel.
A Justiça determinou que eles cumprissem medidas cautelares como não se ausentarem do estado por mais de sete dias e não ingressem nas unidades da rede de lojas durante o processo. De acordo com a Polícia Civil, Alan já foi abordado 42 vezes pela polícia e possui sete anotações pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo, roubo, furto, lesão corporal, homicídio, tráfico de drogas e receptação. Já Anderson, que em depoimento confessou a participação no crime e foi reconhecido por testemunhas, conta com 14 anotações criminais e já foi abordado 56 vezes. Por fim, Jonathan, que é apontado como o autor das facadas, tem dez passagens por ofensa, roubo, furto e homicídio.