Ato na orla de Copacabana homenageou vítimas de feminicídioCleber Mendes / Agência O Dia

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Rio - Um ato realizado, na manhã deste sábado (25), marcou o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres. A manifestação, que aconteceu na altura do Posto 4, na Praia de Copacabana, na Zona Sul, homenageou a memória de vítimas de feminicídio e fez um apelo às autoridades. Cartazes para ajudar na conscientização sobre o problema foram distribuídos para quem passava pela Avenida Atlântica.

O protesto, liderado pelo movimento Levante Feminista, reuniu 164 pares de sapatos, que foram espalhados pelo calçadão para representar vítimas. Dentre eles, 53 retratavam mulheres assassinadas no estado do Rio de Janeiro em 2023, e os outros 111, as vítimas do ano anterior.
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Calçados foram utilizados para representar as vítimas - Cleber Mendes / Agência O Dia
Ao todo, 164 pares de sapatos foram expostos no calçadão - Cleber Mendes / Agência O Dia
O ato foi realizado pelo movimento Levante Feminista - Cleber Mendes / Agência O Dia
Ato na orla de Copacabana homenageou vítimas de feminicídio - Cleber Mendes / Agência O Dia

Marta Moura, de 45 anos, uma das integrantes do grupo, falou ao DIA sobre a importância da mobilização. "A gente organizou um ato unificado que está acontecendo em vários estados, além do Rio de Janeiro. Fizemos em homenagem às mulheres assassinadas. Usamos sapatos doados e colocamos nomes que representaram algumas delas e outros de vítimas de violência doméstica. É um pedido de socorro e uma tentativa de sensibilizar a sociedade civil, como um todo. Porque ainda é preciso entender que o feminicídio é um conjunto de violências, e a gente tem que fazer alguma coisa. As mulheres não podem ter seus direitos violados, principalmente o direito à vida”, enfatizou.

No primeiro semestre de 2023, 722 mulheres foram assassinadas no Brasil. O ato contou com a presença de representantes da Comissão da Mulher e de Combate ao Racismo, da Câmara do Rio. "Precisamos combater o machismo e a misoginia que estão na origem dessas violências", ressaltou a vereadora vereadora Mônica Cunha (PSOL).
*Reportagem do estagiário Lucas Guimarães, sob supervisão de Raphael Perucci