Major Fabiana Ribeiro: confessou assassinato do marido motivado por violência domésticaReprodução

Rio - A major da Polícia Militar Fabiana Pereira Ribeiro, de 43 anos, acusada de matar o marido com um tiro na cabeça enquanto ele dormia, na Ilha do Governador, na Zona Norte, foi absolvida pelo tribunal do júri. Na época, a agente afirmou que sofria violência física, sexual e psicológica por parte do companheiro, com quem era casada há 15 anos e tinha dois filhos. Ela respondia desde 2022 por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e sem defesa da vítima.
O ex-agente do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), que trabalhava como empresário, foi morto com um tiro na têmpora direita, enquanto dormia, no dia 28 de fevereiro. Inicialmente, Fabiana acionou a polícia e disse que seu marido havia cometido suicídio, com uma pistola, e que ela estaria ao seu lado. A ligação ocorreu por volta das 6h. A morte foi registrada como fato atípico.
No entanto, a perícia apontou alguns indícios de que a morte poderia ser suspeita: a vítima estava deitada de lado, na cama e coberta com um edredom. Além disso, a falta de manchas de sangue nas mãos da vítima, que teoricamente teria feito um disparo à queima-roupa na cabeça, foi um outro forte vestígio que negava a versão de suicídio.
Após o desenrolar da perícia, cinco dias após a morte, a major foi até a 37ª DP (Ilha do Governador) e assumiu o homicídio. Aos investigadores, ela disse que cometeu o crime pois sofria violência psicológica e sexual do marido há anos. Ela foi afastada de suas funções da PM.