Jovens mostram celulares que teriam sido roubados por elesReprodução

Rio - A Polícia Civil do Rio tenta identificar três jovens que aparecem em um vídeo se vangloriando com celulares que teriam sido roubados por eles. O inquérito foi instaurado na 5ª DP (Mem de Sá), no Centro do Rio, região onde os suspeitos estariam cometendo crimes.
Nas imagens, os rapazes mostram os aparelhos dentro de um espaço que se assemelha a uma estação de BRT e ameaçam: "É nós quem manda mesmo. Brutalidade Máxima, quebrador de cara".
Veja o vídeo:
No último sábado, o empresário Marcelo Rubim Benchimol, de 67 anos, foi agredido com um soco no rosto por assaltantes em Copacabana, na Zona Sul do Rio. Em depoimento na 13ª DP (Ipanema), ele contou que tentou ajudar uma mulher que estava sendo atacada pelo grupo de criminosos.
Câmeras de segurança da região flagraram diversos jovens abordando Natália Silva, que andava pela calçada da Avenida Nossa Senhora de Copacabana. Ao perceber que seria assaltada, ela corre na direção contrária para fugir.
Momentos depois, Marcelo aparece no vídeo correndo de costas, aparentemente tentando escapar do bando. Dois dos criminosos reaparecem e um deles o acerta com um soco no rosto. Ela cai desmaiado e, neste momento, os suspeitos pegam seus pertences, que estavam no bolso da bermuda, e saem correndo.
"Está cada vez mais difícil aguentar tudo isso. Ainda mais em Copacabana, bairro onde nasci e sempre morei. Eu me lembro que eu estava indo para a academia e vi a uns dez metros uma moça sendo atacada. Pensei: "Ou eu fujo ou eu ajudo ela". Optei por ajudar. E aí começou a pancadaria, até me desvencilhei, mas depois, por último, veio um rapaz e me deu um soco por trás. Eu estava de óculos, e os óculos enterraram no meu olho, e desmaiei. Só fui acordar na UPA, graças a dois bons policiais que me ajudaram. Fui medicado e voltei para casa", disse Marcelo.
O empresário contou que passou por tomografia e por um exame de fundo de olho, mas nada foi constatado. O idoso esteve na delegacia com o olho direito roxo e manchas vermelhas no esquerdo. Mesmo diante da agressão, Marcelo disse que não pensa em deixar o bairro.