Briani foi atingido no braço e no peitoReprodução / Redes Sociais
Jovem morto a facadas após defender a mãe será enterrado nesta quarta-feira
Sepultamento de Briani Fábio Ruas, de 23 anos, está marcado para às 16h no Cemitério de Inhaúma, na Zona Norte do Rio
Rio - O jovem Briani Fábio Ruas, de 23 anos, morto a facadas após intervir em uma discussão entre sua mãe e um homem em situação de rua, será enterrado na tarde desta quarta-feira (6) no Cemitério de Inhaúma, na Zona Norte do Rio. O sepultamento está marcado para às 16h.
O crime aconteceu na tarde de domingo (3) na Avenida Sargento de Milícias, ao lado do viaduto da Pavuna, também na Zona Norte. Briani saiu em defesa de sua mãe, Patrícia Ruas, de 42 anos, no momento em que ela discutia com um homem, ainda não identificado. O jovem morreu no local e a mulher também foi ferida, mas sem gravidade.
Patrícia e Breno Fábio Ruas, irmão de Briani, estiveram nesta segunda-feira (4) no Instituto Médico Legal (IML), no Centro do Rio, para a liberação do corpo da vítima. No local, Breno informou ao DIA que estava em casa com a mulher quando recebeu a notícia do que tinha acontecido com o irmão e a mãe.
"Só me falaram que meu irmão e minha mãe tinham sofrido um acidente, mas ninguém explicou o que tinha acontecido. Nisso, eu entrei em um carro e fui pra Pavuna encontrar eles. Quando cheguei lá, só vi minha mãe com braço e costas enfaixados. Ele tinha ido visitar minha mãe porque tava há muito tempo sem ver ela. Antes, ele até me ligou perguntando se eu ia também. Depois disso, foi só tragédia", disse.
Breno contou que a mãe foi atingida primeiro e em seguida, ao tentar defendê-la, Briani foi esfaqueado. "O que me contaram foi que um rapaz veio com facão e atingiu minha mãe que estava de costas. Ela correu pra pedir ajuda pro meu irmão e ele foi pra cima do cara pra defender. Nisso, ele deu duas facadas, uma no braço e outra no peito. Ele correu e foi pedir ajuda no ponto de mototaxi, mas caiu e morreu na hora. Falaram que era uma faca de açougueiro, bem grande tanto que quando pegou no peito dele, rasgou até a barriga. Ele ainda tentou correr mesmo ferido, mas caiu duro e já não se mexia mais", explicou.
Ainda de acordo com Breno, seu irmão e o rapaz suspeito de esfaqueá-lo já tinham desavenças há anos. "Ele era conhecido na Pavuna e me falaram que ele tinha intenção de matar os dois, não é a primeira vez que ele tenta fazer isso com meu irmão. Eles tinham uma rixa. Ele que começou a implicar com meu irmão, mas ele nunca ligou pra isso. Só que quando ele viu que partiu pra cima da minha mãe, foi defender", contou.
Segundo ele, Briani sempre foi brincalhão com todos os amigos e familiares. "Meu irmão é autista e todo mundo trata ele como criança, ele é muito conhecido lá, todo mundo brica e zoa. Ele é uma criança mesmo, faz amizade com todo mundo, não faz maldade com ninguém, mas quis proteger minha mãe", completou.
Após a morte do filho, Patrícia pediu por Justiça. "Ele sumiu, mas é conhecido na Pavuna. Eu só quero Justiça, onde ele estiver, vai ter que pagar pelo o que fez com meu filho. Todo mundo gostava do meu filho, era um menino trabalhador e carinhoso. Ele morreu nos meus braços enquanto eu tentava estancar o sangue com a camisa", lamentou.
O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). Segundo a Polícia Civil, testemunhas já foram ouvidas e a perícia realizada no local. Agentes analisam imagens de câmeras de segurança para esclarecer os fatos e identificar o responsável pelo crime.
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