Rio - Victor Hugo Oliveira Jobim, de 22 anos, suspeito de agredir um idoso em Copacabana, na Zona Sul do Rio, foi preso nesta sexta-feira (8). Segundo a Polícia Civil, Victor estava escondido em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, após o caso ganhar repercussão. Contra ele havia um mandado de prisão temporária expedido pela 21ª Vara Criminal da capital.
Segundo as investigações, é Victor Hugo quem aparece nas imagens de câmeras de segurança dando um soco no rosto do empresário Marcelo Rubim Benchimol, de 67 anos, no sábado passado (2). A vítima foi agredida ao tentar defender uma mulher de um ataque de um grupo de criminosos em Copacabana. Após levar o soco, ele caiu desmaiado e teve os pertences roubados. Ao todo, o bando tem, pelo menos, 11 pessoas.
Os agentes da 13ª DP (Ipanema) buscam identificar os demais envolvidos e reunir outras evidências para concluir o inquérito. De acordo com a Polícia Civil, Victor Hugo tem nove anotações criminais por roubo, furto e tráfico de drogas. Os atos praticados acontecem desde a adolescência. Segundo a corporação, ele já foi preso duas vezes desde que atingiu a maioridade.
Na quarta-feira (6), um outro suspeito também foi preso e um adolescente apreendido por envolvimento nas agressões ao empresário.
Criação do grupo dos 'justiceiros'
Após a repercussão do caso, um grupo de homens que se intitulam "justiceiros" realizou uma 'caça' no bairro para localizar e agredir os suspeitos. Em um dos episódios de agressão, o grupo aparece espancando um jovem na Rua Djalma Ulrich, no referido bairro, na noite de terça-feira (5). Em um vídeo que circula nas redes sociais, gravado por um dos integrantes do bando, é possível ver pelo menos sete homens agredindo o rapaz na cabeça, nos braços e pernas com socos, chutes e até pauladas.
A Polícia Civil informou que está monitorando o 'grupo de justiceiros' e disse que as investigações estão em andamento para identificar os envolvidos e esclarecer os fatos. Já o secretário de Segurança Pública do Rio, Victor César Carvalho dos Santos, repudiou as atitudes, chegando a comparar o comportamento do grupo ao de milicianos, e afirmou que todos estão sendo acompanhados.
A Polícia Militar disse que vai ter mudanças na segurança após onda de violência em Copacabana. Uma reunião entre representantes de forças de segurança estaduais e municipais do Rio de Janeiro definiu, na tarde desta quarta-feira (6), alterações no esquema de policiamento em Copacabana.
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