Alessandro Ferreira dos Santos, o Parrudo, foi baleado e preso no Vilar CariocaDivulgação

Rio - Alessandro Ferreira dos Santos, o 'Parrudo', um dos responsáveis por comandar o incêndio a 35 ônibus na cidade do Rio, foi baleado na comunidade Vilar Carioca, na Zona Oeste, durante um confronto com policiais da 35ª DP (Campo Grande), nesta sexta-feira (8). O criminoso foi socorrido por policiais e levado para o Hospital Municipal Rocha Faria, em Campo Grande. O estado de saúde dele é considerado grave.
'Parrudo' é apontado pela Polícia Civil como sendo o chefe da milícia que atua no Vilar Carioca e também é um dos homens de confiança de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, miliciano mais procurado do estado do Rio de Janeiro. Segundo a Civil, policiais da 35ª DP (Campo Grande) foram atacados a tiros ao abordarem Alessandro no Vilar Carioca. Houve confronto e, ao final dos disparos, ele foi encontrado baleado. 
Contra o miliciano havia dois mandados de prisão pendentes pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e receptação. Alessandro está internado na unidade sob custódia.
Maior número de ônibus queimados da história do Rio em um dia
Criminosos da Zona Oeste atearam fogo em ônibus, articulados do BRT e em veículos de passeio na tarde do dia 23 de outubro, em retaliação pela morte de Matheus da Silva Rezende, o 'Faustão', sobrinho do miliciano Zinho. Matheus morreu após confronto com policiais civis na comunidade Três Pontes, em Santa Cruz.
De acordo com o Rio Ônibus, foram 35 ônibus incendiados, sendo 20 de frotas municipais, cinco BRTs e outros 10 de turismo e fretamento. Carros de passeio e barricadas também foram incendiados, levando terror a passageiros e moradores. Em apenas um dia, a cidade do Rio de Janeiro teve o maior número de ônibus queimados de sua história.
Na ocasião, o governador Cláudio Castro pediu rigidez em relação à legislação. "Crime de terrorismo não pode ter progressão de pena, a pena tem que ser 30 anos, em regime fechado, sem progressão. Utilização de arma de guerra, a mesma coisa. Operar serviço público para tráfico e milícia também tem que ser 30 anos sem progressão", afirmou. Atualmente, a lei prevê de 12 a 30 anos de reclusão, com a possibilidade de regime semiaberto.