José Simão era apaixonado pelo Vasco e militar da Marinha aposentadoArquivo Pessoal

Rio - Quatro funcionários do metrô foram denunciados por homicídio culposo pela morte de José Simões, de 82 anos, que foi arrastado por um vagão na estação Uruguaiana, em outubro de 2022. A informação foi confirmada pela defesa da vítima nesta terça-feira (23).
Segundo os advogados da Yannik Robert e Marcello Peral, a decisão já era esperada e aponta quem são de fato os causadores do homicídio culposo. "Essa decisão vai ter outros desenvolvimentos que vão se somar ao que está sendo feito na área cível, que é a perícia e a imputação de que o sistema de segurança de frenagem e abertura e fechamento de portas do metrô é falho", disse Petral.

Na ocasião, José Simão foi na Uruguaiana para trocar a bateria de seu celular que estava ruim. Ele entrou na estação para pegar o metrô em busca de encontrar a sua mulher e o seu filho, que o aguardavam para almoçar e ver o jogo do Vasco contra o Criciúma, realizado no dia 22 de outubro, em um restaurante.

Ao tentar entrar no vagão, ele ficou com a mão presa. O veículo andou e ele se desequilibrou, ficando preso entre a plataforma e o metrô. O acidente aconteceu por volta de 12h40 e chocou quem passava pelo local.

O idoso era um militar da Marinha aposentado, casado, morava em Piedade, na Zona Norte do Rio, e deixou cinco filhos.

Procurado, o MetrôRio informou que mais uma vez lamenta o falecimento de José Alves Simão e esclarece que tem colaborado com as autoridades durante toda a investigação do acidente e segue à disposição para o devido esclarecimento dos fatos.
"A concessionária ainda não foi formalmente notificada da denúncia oferecida pelo Ministério Público e, assim que for, terá a defesa apresentada nos autos do processo. A empresa reforça que segue todas as regras previstas para a garantia da segurança do sistema metroviário, mantendo o compromisso de prestar um serviço de qualidade à população", disse em comunicado.