Rio - A Polícia Civil realizou uma operação contra integrantes da facção Comando Vermelho suspeitos de torturar e matar o ex-assessor político Thiago Cabral Campos, de 37 anos, em Guapimirim, na Baixada. Na manhã desta quarta-feira (31), equipes da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) prenderam Willian Costa da Silva e Robert Simas da Silva. Além deles, os agentes também cumpriram mandados de prisão em presídios contra outros cinco suspeitos que já haviam sido detidos por outros crimes.
São eles:
- Rogério Carolino da Silva, de 30 anos, o "Rato do Sapê", preso em outubro
- Bruno Souza da Silva, de 21 anos, o "Cabeleira" ou "Cabeludo", preso em agosto
- Guilherme Cerqueira Alves de Oliveira, de 20 anos, o "Guigui", preso em agosto
- Patrick Valadares da Silva, de 23 anos, o "PK", preso em agosto
- José Guilherme Ramos de Jesus, o "Uga Uga" ou "Sagaz"
Após cinco meses de investigação, os policiais da DHBF apontaram oito suspeitos de participação no assassinato, incluindo lideranças do tráfico de drogas na região. Um dos procurados, que não teve a identificação revelada, segue foragido. Nesta quarta-feira, a especializada mobilizou 30 agentes para realizar a operação.
De acordo com as investigações, Thiago foi armado a uma festa no bairro do Sapê e, quando ele deixava o evento, foi abordado por diversos traficantes que o renderam. Imagens de uma câmera de segurança mostram a vítima sendo arrastada e agredida pelos criminosos para dentro da Comunidade do Sapê.
Veja o vídeo:
Ex-assessor político Thiago Cabral Campos, de 37 anos, foi agredido e arrastado para a Comunidade do Sapê, onde foi torturado e morto a tiros em agosto do ano passado. Neta quarta-feira, a Polícia Civil cumpriu mandados de prisão contra sete suspeitos de cometer o crime.… pic.twitter.com/QYWS9Upw1R
O laudo pericial apontou que Thiago foi brutalmente espancado e morreu após levar 10 tiros na cabeça. Alguns dos criminosos que participaram do crime relataram que a motivação foi o fato de não terem gostado de ver o ex-assessor armado no local.
De acordo com a Polícia Civil, chamou a atenção dos investigadores a crueldade e ousadia dos bandidos que retiraram a vítima à força de uma festa em uma praça muito movimentada e a executaram por estar armado sem se importar com as consequências. Algumas testemunhas ouvidas pela DHBF relataram muito medo de prestar depoimento por conta da agressividade dos traficantes, inclusive contra moradores da comunidade. A investigação segue em andamento para localizar o oitavo suspeito que segue foragido.
A DHBF pede que informações sobre as organizações criminosas sejam repassadas ao Disque Denúncia da delegacia, por meio do WhatsApp (21) 99805-4394. O sigilo das fontes é garantido pela especializada.
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