Crime ocorreu próximo ao bar que pertencia ao atirador. Tuninho não teria porte da arma que usou no crimeDivulgação
O comerciante Antônio Colonese, o Tuninho, que atirou e matou o cachorro teria usado uma arma sem registro para cometer crime e não possuiria porte. As informações estão de posse da 32ª DP (Taquara), onde o caso foi registrado.
Após a repercussão do caso, Rafael, que está em situação de rua, seguiu próximo ao local onde o crime ocorreu com outros animais. Ao circular pelo bairro, ele diz ter sido seguido por um carro cinza por diversas ruas.
"O carro parou e o motorista perguntou se eu era o Rafael, que teve o cachorro morto. Aí ele pegou o celular e tirou uma foto minha com os cachorros. Eu estou com medo de fazerem algo com os meus bichos", disse Rafael.
ele tentou fazer um boletim de ocorrência sobre a perseguição, mas não conseguiu. Além dele, outros moradores e, principalmente, comerciantes que ajudaram o dono dos animais, entre as quais um pet shop, dizem estar sofrendo represálias de milicianos que atuam na região. O clima é de medo na Rua do Radialista e arredores.
Representantes da causa animal no Rio pedem a transferência do inquérito para a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, onde foi feito um segundo registro e que chegou a fazer uma diligência no local do crime. O Presidente da Comissão de Direito dos Animais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ), Sergio Canto recomendou a mudança, pois a segunda é especializada em casos dessa natureza.
“Por volta das 8h eu fui in formado sobre a morte do cãozinho e fui prestar auxílio. Nós fomos à DPMA para dar apoio, orientei ele. A DPMA é a delegacia especializada para esse assunto. Eu vou essa semana na 32ª DP para saber exatamente sobre o registro de ocorrência lá, saber detalhes mais fidedignamente”, afirmou.
A comissão de Saúde Animal da Câmara Municipal do Rio de Janeiro também segue acompanhando caso. O vereador Dr. Marcos Paulo endossou o pedido de mudança do inquérito para a DPMA. "Estamos acompanhando o caso junto com a Comissão de Proteção e Defesa dos Animais da OAB que foi até a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente para registrar o caso lá também”, disse.
A Polícia Civil, por sua vez, recebeu as informações sobre as irregularidades da arma usada por ‘Tuninho’ para ter matado o animal. Sobre as ameaças recebidas por Rafael Rodrigues, indicou a Ouvidoria da corporação, por meio de nota.
“A investigação está em andamento na 32ª DP (Taquara), que também apura a ausência de porte de arma. Em relação à denúncia citada, a Polícia Civil conta com canais diretos com a Ouvidoria. Todos os casos relatados são analisados e apurados”, diz a nota.
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