Zinho e Boquinha foram escoltados por um forte esquema de segurançaDivulgação

Rio - Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, foi transferido, neste sábado (16), do presídio de Bangu, na Zona Oeste, para a Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. O miliciano Marcelo Luna da Silva, conhecido como Boquinha, também foi para o presídio do estado do Centro-Oeste brasileiro. Zinho liderava uma organização paramilitar que comandava diversas áreas da Zona Oeste. 

Zinho se entregou à Polícia Federal na véspera do Natal do ano passado. Já Boquinha foi preso meses antes, em outubro, após ser baleado em um confronto com policiais civis em Pedra de Guaratiba, Zona Oeste. Os dois estavam na Penitenciária Laércio da Costa Pelegrino (Bangu 1), no Complexo de Gericinó.


A ação, realizada pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Rio, envolveu 16 policiais penais do serviço de operações especiais e cinco viaturas, que escoltaram os milicianos de Bangu até o Aeroporto Santos Dumont. No local, eles foram entregues a cinco policiais penais federais responsáveis pela escolta dos presos até a penitenciária de Mato Grosso do Sul.

A decisão da transferência ocorreu em 22 de fevereiro, através da 2ª Vara Criminal da Capital, que acatou um pedido do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ). Na manifestação, o órgão destacou que Zinho é um criminoso de alta periculosidade e traz risco para a sociedade caso fique no Rio.

A mudança de Boquinha foi definida no mesmo período. Ele era apontado como chefe da milícia que atua em Pedra de Guaratiba, na Zona Oeste, além de comparsa de Zinho.

Quem é Zinho

Zinho era considerado o criminoso mais procurado do Rio e estava foragido desde 2018. Em sua ficha criminal, ele soma 12 mandados de prisão por diferentes crimes.

O miliciano assumiu a liderança da organização criminosa que atuava em Campo Grande, Santa Cruz e Paciência, na Zona Oeste, em 2021, dois meses após a morte de Wellington da Silva Braga, o Ecko, seu irmão e antigo líder do bando.

Wellington foi um dos responsáveis por expandir os domínios da organização fundada por outro irmão, Carlos Alexandre Braga, o Carlinhos Três Pontes, que morreu em 2017. Ambos faleceram após confrontos com policiais.

Antes de se tornar líder, Zinho integrou a organização ao ficar encarregado da contabilidade do grupo, ficando ligado a atividades de lavagem de dinheiro.

Após sua prisão, a polícia investiga possíveis nomes que passaram a liderar o grupo. Até o momento, o principal suspeito é o Rui Paulo Gonçalves Estevão, conhecido como Pipito, que está foragido.