Zinho foi preso na véspera de Natal ao se entregar na Superintendência da PFReprodução
Justiça determina transferência de Zinho para presídio federal
Luiz Antônio da Silva Braga, chefe da milícia que domina a Zona Oeste, está preso no Complexo de Gericinó
Rio - A Justiça do Rio determinou nesta quinta-feira (22) a transferência de Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, para um presídio federal de segurança máxima. O miliciano está preso desde dezembro do ano passado no Complexo de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste.
A decisão foi da 2ª Vara Criminal da Capital, que acatou um pedido do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ). Na manifestação, o órgão destacou que Zinho é um criminoso de alta periculosidade e traz risco para a sociedade caso fique no Rio.
"Ressalta-se que os grupos de milícia instalados neste Estado, fortemente estruturados e ostentando capilaridade por todo país e até no exterior, vem, diuturnamente, protagonizando o terror infligido, em especial, aos moradores de comunidades carentes, deles fazendo reféns e gerando situação de instabilidade por anos e sem descanso. Tudo isso já aponta para o grave e concreto risco que a permanência do referido réu em solo fluminense representa à continuidade das políticas de segurança pública em desenvolvimento no Estado”, informa um trecho da decisão.
A Justiça também determinou a transferência de Marcelo de Luna Silva, conhecido como Boquinha, apontado como chefe da milícia que atua em Pedra de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio, e comparsa de Zinho. O criminoso foi preso em outubro do ano passado após ser baleado em um confronto com policiais civis no mesmo bairro onde liderava a organização criminosa.
Ambos serão incluídos em regime disciplinar diferenciado.
Prisão de Zinho
Atualmente, o chefe da milícia que domina a Zona Oeste do Rio, se encontra preso no presídio Laércio da Costa Pellegrino, Bangu 1, no Complexo de Gericinó. Zinho era considerado o criminoso mais procurado do Rio e estava foragido desde 2018. Em sua ficha criminal, ele soma 12 mandados de prisão por diferentes crimes. O miliciano se entregou na véspera de Natal após fazer negociações durante uma operação conjunta da Secretaria de Estado de Segurança e da Superintendência da Polícia Federal do estado.
O miliciano assumiu a liderança da organização criminosa que atua em Campo Grande, Santa Cruz e Paciência, na Zona Oeste, em 2021, dois meses após a morte de Wellington da Silva Braga, o Ecko, seu irmão e antigo líder do bando.
Wellington foi um dos responsáveis por expandir os domínios da organização fundada por outro irmão, Carlos Alexandre Braga, o Carlinhos Três Pontes, que morreu em 2017. Ambos faleceram após confrontos com policiais.
Antes de se tornar líder, Zinho integrou a organização ao ficar encarregado da contabilidade do grupo, ficando ligado a atividades de lavagem de dinheiro.
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