Placas solares fotovoltaicas da 1ª Cooperativa de Energia Solar em Favelas no Brasil no Morro da Babilônia, no LemeDivulgação

A Secretaria Municipal de Trabalho e Renda, em parceria com a ONG Revolusolar, fundadora da 1ª Cooperativa de Energia Solar em Favelas no Brasil, está realizando um estudo inédito sobre os desafios e oportunidades do mercado de trabalho de energia solar na cidade. O panorama do setor, diagnosticado por meio de um estudo preliminar, será apresentado no próximodia 26, às 14h, no Planetário do Rio, na Gávea.
A partir do questionário encaminhado a empresas do segmento, será feita análise do cenário do mercado e elaborada proposta para a ampliação do uso da energia solar no Rio. As informações servirão de base para as discussões do G20 e anterior à COP, sobre o tema de transições energéticas e combate às desigualdades.
Os instaladores de painéis fotovoltaicos, por exemplo, são representantes dos chamados empregos verdes, postos de trabalho sustentáveis que fazem girar a economia sem agredir o meio ambiente. Só no Rio, são quase 200 mil trabalhadores formais nos empregos verdes.
O Comitê do G20 estará representado por Lucas Padilha, presidente do comitê no RJ, que participará do painel “Oportunidades de Desenvolvimento Social e Geração de Empregos Verdes com Energia Solar”, ao lado do secretário municipal de Trabalho e Renda, Everton Gomes, e dos representantes do setor da sustentabilidade Marcelo Ramos, da ação Profissionais do Futuro GIZ, e IlanCuperstein. A mediação será de Eduardo Ávila, representante da ONG Revolusolar.
“Ainda há demanda reprimida para a popularização da energia solar em nossa cidade. O Rio é banhado pelo sol o ano todo, e os empregos verdes estão na pauta do dia. Em meados de 2023, a estimativa era de oito mil sistemas solares instalados em toda a cidade, com a respectiva demanda por instaladores de painéis fotovoltaicos. A expansão do setor nos permite apontar para um futuro ainda mais próspero em geração de empregos”, explica o secretário municipal de Trabalho e Renda, Everton Gomes.
Atualmente, o estado do Rio ocupa a décima posição no ranking estadual de energia solar no Brasil. E a cidade, o oitavo lugar no ranking municipal. Desde 2012, a energia solar já gerou mais de 22 mil novos empregos na região; maisde R$ 4 bilhões em investimentos estatais; e mais de 700 MW de capacidade instalada solar, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
No alto do Morro da Babilônia, no Leme, por exemplo, é possível ver as 112 placas solares fotovoltaicas da 1ª Cooperativa de Energia Solar em Favelas no Brasil, que beneficiam 60 famílias da comunidade. Lá e no Chapéu Mangueira,hostels, escolas e casas são abastecidas por energia solar.
"A transição energética justa e inclusiva, de forma a combater a pobreza energética, é um dos grandes desafios da humanidade. O Brasil, especialmente o Rio, pode liderar este processo pelo exemplo. Temos aqui a primeira cooperativa de energia solar em favelas, e em 2024 a Revolusolar está expandindo nacionalmente seu modelo de energia solar social. Agora é a vez de governos e empresas se mobilizarem e fazerem sua parte. As prefeituras podem ter um papel central na transformação do setor energético, utilizando a energia solar descentralizada para benefício da população", defende Eduardo Ávila, diretor executivo da Revolusolar.
Serviço
Apresentação da pesquisa “Energia Solar: Desenvolvimento Social e EmpregosVerdes’’
Local: Planetário do Rio (Rua Vice-Governador Rúbens Berardo, 100 – Gávea)
Data: Terça-feira, dia 26/3
Horário: 14h