Jovem teria sido vítima de um estupro coletivo na Boate Portal, na Lapa Reprodução / Redes Sociais

Rio - A boate Portal Club, na Lapa, passou por perícia na noite desta quarta-feira (3) após a denúncia de estupro coletivo contra uma estrangeira no último domingo (31). Agentes da Delegacia de Atendimento à Mulher do Centro do Rio estiveram também em um espaço reservado do local, conhecido como "dark room", onde teria acontecido os abusos. 
A vítima relatou que, após conhecer um rapaz na casa noturna, aceitou ir com ele ao dark room. No local, ela denuncia ter sido estuprada sem chance de defesa por um número de homens que não consegue precisar. A estudante contou que chegou a perder a consciência e que não sabe se algo foi adicionado a sua bebida e que a festa tinha bebida liberada (Open Bar).
A jovem afirma que ao recuperar a consciência, procurou a amiga e quis chamar a polícia, mas não foi devidamente atendida. Ela contou que funcionários da boate, inclusive seguranças, tentaram dissuadi-la de ir à delegacia. A amiga corrobora a versão da estudante. A Portal Club fica na Rua do Lavradio, ao lado das delegacias DCAV (Delegacia da Criança e do Adolescente vítima) e Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância). O local do crime também fica a 600 metros da Deam, que investiga o caso.
A estrangeira pretendia permanecer por pelo menos um ano no Brasil para aprender português, mas contou que está decidida a voltar o quanto antes para o país de origem. Após o registro de ocorrência, a vítima foi levada ao Instituto Médico Legal (IML) para exames.
As imagens do circuito interno de câmeras da boate já foram entregue aos investigadores. A polícia tenta identificar quem são os rapazes envolvidos nos abusos.
Boate diz que colabora com a polícia
A Portal Club afirmou em nota que repudia veementemente e nunca irá apoiar qualquer forma de intolerância, opressão ou violência contra as mulheres. "Assim que tomamos conhecimento do incidente, a boate prontamente acolheu a vítima e se colocou à disposição das autoridades para que os fatos sejam imediatamente investigados e esclarecidos. Além disso, forneceremos as imagens do circuito de câmeras aos responsáveis pela investigação, onde será provado todo o apoio que prestamos à vítima, juntamente com os dados dos clientes presentes no dia, que tenham colocado o nome na lista ou comprado ingresso antecipadamente. Estamos comprometidos com a busca pela verdade e desejamos que os responsáveis sejam devidamente punidos", diz o texto. "Como uma casa LGBTQIA+, estamos e estaremos sempre empenhados em lutar pelos direitos das minorias e das mulheres. Estamos aqui para oferecer todo o apoio e colaboração possível", finaliza a nota da boate.