Campanha de combate ao mosquito da dengueRômulo Barbosa/Divulgação

Rio - A nova edição do boletim da dengue, divulgado nesta sexta-feira (5) pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), mostra uma tendência de queda nos principais indicadores da doença no Estado do Rio. O momento positivo é refletido no número de consultas nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs): caiu de 10.645 para 9.468, o que significa uma redução de 11%.
O número de internações com diagnóstico inicial de dengue (CID A90), segundo a SES, também foi menor nas duas últimas semanas observadas (de 10 a 23 de março). Crianças e adolescentes de 10 a 15 anos são maioria nesse recorte.
Apesar das boas notícias, a SES afirma que o atual cenário ainda é de emergência em saúde pública, com o estado se mantendo no nível 3, o mais alto de alerta. Mais cedo, a pasta confirmou os primeiros dois casos de dengue tipo 3. A preocupação deve-se ao fato de que o sorotipo não era registrado no Estado desde 2007.
"O momento é de cautela. O ponto positivo é que existe uma tendência de queda no número de casos de dengue, no Excesso de Casos, nos atendimentos pela doença nas UPAs estaduais e na solicitação de leitos. Mas temos ainda um número muito alto e atípico de casos prováveis, o que nos recomenda manter toda a atenção nas medidas de controle dos focos do mosquito, assim como na observação dos sintomas”, alerta Claudia Mello, secretária de Saúde do Estado.
O principal indicador epidemiológico para estabelecer o nível de alerta é o Excesso de Casos. Trata-se de quantas vezes o número de casos está acima do máximo esperado para esta época do ano, baseando-se em uma série histórica de dez anos.
Quatro das nove regiões do estado permanecem em nível 3:
Metropolitana I;
Baía de Ilha Grande;
Baixada Litorânea
Norte.
Na Metropolitana I, que inclui a capital e Baixada Fluminense, o EC vem apresentando redução, mas ainda é alto - o número máximo de casos esperado para o momento seria de 884 contra os atuais 6.852.
Já as regiões Centro-Sul, Médio Paraíba e Metropolitana II permaneceram no nível 2. A região Noroeste, por sua vez, segue no nível I, o mais baixo do plano estadual de contingência.
Até esta sexta (5), foram registrados 186.624 casos prováveis de dengue e 91 óbitos em todo o estado. A taxa de incidência está em 1.162 casos / 100 mil habitantes.