Da esquerda para a direita, Eduardo Paes, Alexandre de Moraes e o governador Cláudio CastroDivulgação / Prefeitura do Rio
A cerimônia contou com as presenças do prefeito Eduardo Paes, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, e o governador Cláudio Castro. O museu será elaborado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), em parceria com a Prefeitura do Rio e o TSE.
"Desde o início da República, o Brasil sofreu, infelizmente, inúmeros episódios de exceção. Hoje, nós vivemos o maior período de estabilidade democrática do Brasil republicano. Isso deve ser comemorado, mas estabilidade democrática não significa tranquilidade e paz total. Significa a resistência e a resiliência das instituições contra eventuais ataques à democracia. Tudo isso precisa ser documentado, explicado e ficar na memória das próximas gerações", afirmou Alexandre de Moraes.
Durante a cerimônia, foi apresentada uma imagem da primeira peça que vai compor a exposição: a reprodução fotográfica "8 de Janeiro", idealizada pelo artista brasileiro Vik Muniz, com detritos, cartuchos de bala, estilhaços de vidro e restos de carpete recolhidos após a invasão de prédios públicos na Praça dos Três Poderes, em Brasília, em janeiro de 2023.
Segundo Eduardo Paes, o museu servirá para propor a reflexão da importância de defender os valores democráticos: "Eu pertenço a uma geração que já cresceu com o Brasil vivendo a sua redemocratização e que se acostumou com eleições livres e com as instituições funcionando. Todos nós vimos o que se tentou no início do ano passado no Brasil, naquela tentativa de golpe de estado, de ruptura institucional. Acho que temos o dever, a obrigação de ficar lembrando disso, de gerar memória sobre isso", afirmou.
Uma das atrações será a sala do voto, onde objetos históricos vão remeter à evolução do sistema eleitoral, apresentando cédulas, urnas, fotos e experiências. O acervo terá criações que tratam de manifestações populares, constituições e imprensa.
O prédio do atual Centro Cultural do Tribunal Superior Eleitoral é patrimônio nacional tombado pelo Iphan. O local testemunhou a passagem de algumas das principais manifestações populares da cidade, entre elas a "Passeata dos Cem Mil" e o movimento das "Diretas Já".
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