Rio - A Polícia Civil realiza, na manhã desta terça-feira (7), uma operação contra empresários da mesma família suspeitos de fraudarem contratos com a Petrobras. De acordo as investigações, o grupo de Cabo Frio forneceu cerca de 50 peças usadas, mas vendidas como novas. O prejuízo é estimado em pelo menos R$ 1,2 milhão.
Segundo a polícia, agentes da Delegacia de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro saíram para cumprir 10 mandados de busca e apreensão na Região dos Lagos. Ao todo, cinco empresários são investigados por estelionato, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e organização criminosa. As investigações apontam que a família teria aberto as empresas exclusivamente para fraudar os processos.
A corporação informou que o grupo forneceu peças falsificadas à empresa por três anos, colocando em risco a segurança dos funcionários e causando um prejuízo financeiro considerável. A Petrobras constatou que os materiais apresentavam marcas de desgaste e oxidação.
De acordo com a Civil, as irregularidades aconteceram entre 2019 e 2022. Durante esse período, as empresas firmaram cerca de três mil contratos, totalizando R$ 26 milhões em pagamentos. Todos os procedimentos foram realizados por meio de aquisição direta, com dispensa de licitação, por serem negócios de pequenas compras.
Durante a operação, os policiais apreenderam uma lancha, cinco carros de luxo, celulares e computadores. Ainda na ação, foi localizada uma oficina onde eram feitas as adulterações dos materiais vendidos.
Em nota, a Petrobras informou que: "a partir de indícios de fraudes cometidas em contratos de fornecimento de bens no período de 2019 a 2022, adotou as medidas internas cabíveis, como a aplicação de sanções administrativas e o acionamento das autoridades públicas para adoção de medidas no âmbito criminal. A Companhia atuou tempestivamente e de modo eficaz e continuará colaborando com as investigações."
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