Criminosos atearam fogo em barricadas para dificultar ação de policiais civisReprodução/Redes Sociais

Rio - Uma operação afetou a circulação dos ônibus, fechou escolas e unidades de saúde da Vila Aliança, na Zona Oeste, nesta quinta-feira (9). Policiais civis do Rio de Janeiro apoiram agentes de São Paulo no cumprimento de mandados de busca e apreensão e confirmação de informações de inteligência na comunidade. Criminosos atearam fogo em barricadas para impedir a entrada das equipes na região. 
Em vídeos que circulam nas redes sociais, é possível ver um ônibus atravessado próximo à uma barricada em chamas. Outras imagens também mostram motociclistas circulando em meio à fumaça nas vias. Confira abaixo. "No horário do colégio, ida para o trabalho. É sempre assim, ficamos reféns", desabafou uma moradora. 
A Polícia Civil não informou quem foram os alvos dos mandados. A ação contou com apoio da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). As equipes apreenderam um fuzil, dois carregadores, munição, drogas e anotações do tráfico. O material encontrado será periciado e analisado para contribuir com as investigações.
De acordo com o Rio Ônibus, as linhas 926 (Senador Camará x Penha), 389 (Vila Aliança x Candelária) e 371 (Campo Grande x Marechal Hermes) tiveram suas rotas alteradas por conta da operação e não circulam na região. Até às 14h30, nenhuma linha havia sido normalizada. A Secretaria Municipal de Educação (SME) informou que oito unidades escolares da rede municipais foram impactadas. Há ainda uma escola estadual fechada, segundo a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc). 
"A Seeduc mantém diálogo permanente com as polícias Militar e Civil e vem acompanhando os registros feitos pelas unidades escolares através do Registro de Violência Escolar (RVE), ferramenta disponível na plataforma Conexão Educação, da Secretaria de Estado de Educação", informou a pasta, em nota.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o Centro Municipal de Saúde (CMS) Dr. Eithel Pinheiro de Oliveira Lima, em Senador Camará, suspendeu o funcionamento, enquanto a Clínica da Família Sonia Maria Ferreira Machado, no Santíssimo, e o CMS Waldyr Franco, em Bangu, mantêm o atendimento à população, mas interromperam as atividades externas, como as visitas domiciliares.