Presidente da Alerj, Rodrigo BacellarDivulgação

Rio - A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) se tornou referência nacional no enfrentamento aos planos de saúde, que têm deixado pacientes sem atendimento. Foi instaurada na Casa, na última semana, uma CPI dos Planos de Saúde.
Em Brasília, a fisioterapeuta Fabiane Alexandre Simão, presidente da associação "Nenhum Direito a Menos", que defende centenas de pacientes, pediu ao presidente da Câmara Federal, Arthur Lira, para seguir o exemplo do presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar. "Os planos estão negando direito à saúde e, consequentemente, à vida dos nossos filhos, deixando crianças sem tratamento", disse Fabiane, que é mãe do Daniel, de 9 anos, que sofre de paralisia cerebral e transtorno do espectro autista.
Segundo Bacellar, a Alerj, em sintonia com o deputado Fred Pacheco, abriu as portas para mães e pais de filhos com deficiência que se desesperaram com cancelamento de contratos, deixando pacientes sem tratamento.
"Eles vêm enfrentando diversos problemas com os constantes cancelamentos dos planos de saúde. Entre as reclamações estavam: ausência de reembolso, atendimento e terapias negados e planos de saúde extintos sem aviso prévio. Isso é inaceitável, absurdo. Sei que muita gente grande vai se incomodar, mas não fui eleito para me esconder. Estou aqui para lutar ao lado da população que sofre com esse descaso dos planos de saúde. Inclusive, ameaçam suspender até home care, colocando vidas em risco", disse.
"É uma vitória do povo do Rio, mas é principalmente uma vitória das mães e pais de PCDs que lutam com tanta bravura. Desde o ano passado, vínhamos tentando uma solução para que tratamentos não fossem interrompidos", afirmou  Pacheco.