Mãe de menino que morreu afogado diz que saiu para comprar cerveja antes de ver filho pela última vez
Raila do Nascimento da Silva prestou depoimento na 36ª DP (Santa Cruz). A criança, de 4 anos, foi sepultada na tarde da última quinta-feira, em Santa Cruz
Segundo o delegado Edézio Ramos, da 36ª DP, K.G.L.S, de 4 anos, sofreu uma asfixia por afogamento - Reprodução / Google
Segundo o delegado Edézio Ramos, da 36ª DP, K.G.L.S, de 4 anos, sofreu uma asfixia por afogamentoReprodução / Google
Rio - Raila do Nascimento da Silva, mãe do menino K. G. L. S., de 4 anos, que morreu afogado em Santa Cruz, Zona Oeste, contou à Polícia Civil que filho ficou na piscina com primos enquanto ela e uma amiga saíram do salão de festas para comprar cerveja. O menino desapareceu na noite da segunda-feira (3) e seu corpo foi encontrado na madrugada de quarta (5) no espaço de eventos, que fica na comunidade do Rola.
Segundo depoimento de Raila a policiais da 36ª DP (Santa Cruz), ela e a amiga estavam bebendo no local e decidiram comprar mais cerveja por volta das 20h da última segunda-feira. O menino, que não sabia nadar, ficou na piscina acompanhado dos primos de 12 e 15 anos.
Por volta das 21h, a mãe contou que retornou para o salão de festas e, ao chegar no local, teria pedido para que K.G. saísse da piscina. O menino teria relutado, mas Raila insistiu dizendo que estava frio. Em seguida, a mulher secava o filho quando os primos também saíram da piscina em direção ao portão do local.
A criança, então, teria saído atrás dos primos em direção à rua. Raila acreditava que o menino estava na casa do primo, onde costumava dormir e, depois, saiu para beber com amigas em outro local após a festa.
A mãe só percebeu o sumiço de K.G no início da tarde do dia seguinte, na terça-feira, ao procurá-lo na casa da prima. O garoto só foi encontrado na madrugada de quarta por funcionários da casa de festas.
Antes da localização do corpo, o pai da criança, Marco Aurélio de Paula Lima, chegou a dizer que não acreditava que ele teria se afogado. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) da Polícia Civil, contudo, atestou a causa da morte como asfixia mecânica em razão de afogamento.
Segundo o delegado titular da 36ª DP (Santa Cruz), Edézio Ramos, o afogamento já era a primeira linha de investigação adotada pela equipe, que se confirmou com o laudo. Ramos informou ainda que apura se a mãe do menino será responsabilizada pelo caso.
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