Câmera flagra agressão cometida por vizinha contra a psicóloga Mônica MesquitaReprodução

Rio - A Polícia Civil investiga, desde a última terça-feira (18), caso de intolerância religiosa e agressão sofridos por uma psicóloga no Engenho de Dentro, Zona Norte do Rio. Segundo denúncia registrada na 24ª DP (Piedade), a vítima Mônica Mesquita, 55 anos, que é umbandista, foi atacada pela própria vizinha na porta de casa. A agressão acompanhada do ataque à religião da vítima foi flagrada por câmera de segurança.
"No dia 18 de junho de 2024, minha mãe Monica Mesquita foi agredida na porta de sua casa, por sua vizinha que não aceita a sua religião. A mesma atravessou a rua após ver minha mãe indefesa descarregando o carro depois de ter feito compras no mercado, e já chegou a agredindo pelas costas. Puxou seu cabelo, a enforcou e jogou-a no chão, deferindo socos e tapas em seu rosto", contou a filha da vítima, Thais Cabral, em postagem no Facebook.
As agressões citadas por Thais foram filmadas por uma câmera de segurança instalada no prédio onde Mônica vive. No registro, é possível ver também a vizinha denunciada, Bruna Caruso usa a palavra "macumbeira" para se referir a psicóloga. Mônica teve ferimentos no rosto e pescoço devido as agressões.
"Minha mãe encontra-se em estado fragilizado por conta de artrose no joelho e em momento nenhum conseguiu se defender. A briga por apartada por terceiros que passavam na rua", explicou a filha da vítima, que também diz ter sido agredida por Bruna. "Minha mãe me ligou e eu fui ao local, aonde também fui agredida e xingada de 'macumbeira'", lembrou.
De acordo com ela, a Polícia Militar foi acionada, mas Bruna se recusou a atender os agentes. Em seguida, mãe e filha foram à 24ª DP, onde o caso foi registrado como crime de intolerância religiosa e agressão.
Antes desse episódio, a vítima já havia registrado outros ataques relacionados à sua religião. Em vídeo, feito de dentro do apartamento de Mônica, é possível ouvir a voz da vizinha ao fundo novamente usando a palavra "macumbeira", como forma de atacar a vítima.
Segundo a Polícia Civil, os envolvidos já foram ouvidos e a investigação segue para identificar as circunstâncias do caso. A delegacia também informou que a psicóloga realizou exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Centro.