Adolescente, de 17 anos, estudava à noite e ajudava conhecido em serviço de entregas Arquivo Pessoal

Rio - Familiares e amigos procuram há mais de uma semana pelo adolescente Matheus Fernandes Tavares, de 17 anos, que desapareceu na quarta-feira da semana passada (26) no Anil, Zona Oeste. O jovem, que estudava à noite, saiu para trabalhar com entregas quando foi visto pela última vez na Estrada Engenho d'Água, próximo ao ponto de ônibus, por volta das 11h. O desaparecimento é investigado pela Delegacia de Descobertas e Paradeiros (DDPA).

Segundo a mãe de Matheus, Patrícia França Fernandes, de 41 anos, um conhecido da família viu o adolescente pela última vez subindo na garupa de uma moto. Ela disse que essa testemunha não soube reconhecer quem pilotava a motocicleta, mas que ele ainda tentou chamar o adolescente.
Local onde Matheus foi visto pela última vez, na quarta-feira, na estrada Engenho D'Água - Arquivo Pessoal
Local onde Matheus foi visto pela última vez, na quarta-feira, na estrada Engenho D'ÁguaArquivo Pessoal
"Ele disse que o Matheus olhou para ele e fez um gesto de ligação com a mão. Depois, ele tentou ligar, mas não conseguiu e me avisou. Começamos então a tentar falar com meu filho. Nos primeiro dia, só chamava e ninguém atendia. Agora nós ligamos e já dá caixa postal. Estamos muito preocupados", disse Patrícia, que procurou a 32ª DP (Taquara) no mesmo dia para registrar o caso.
"Estamos todos desesperados com o sumiço dele. Ele nunca foi de ficar sem avisar para onde ia e muito menos de passar tanto tempo sem dar notícias. Sempre que acontecia de o telefone descarregar, ele pedia o de alguém para ligar, porque sabe que nos preocupamos", disse a mãe.
A mãe conta ainda que o adolescente usava uma bermuda preta, com listras vermelhas, estava sem camisa e com um chapéu preto. "Já disseram que acharam ele. Mandaram mensagem dizendo que ele estava morto. Chegamos a ir até um local onde diziam que ele estava sendo torturado, mas não encontramos nada. Também nos procuraram dizendo que estavam com ele pedindo dinheiro no PIX para libertar", revelou Patrícia.

"É uma situação muito ruim e as pessoas ainda tentam se aproveitar. Achamos que enquanto não há provas de que ele foi morto, não há corpo, a esperança segue viva. Esperamos que ele possa ter sofrido um acidente e esteja desacordado, em algum hospital, ou algo do tipo", disse.

A mãe também tenta identificar o home que estava na moto onde Matheus foi visto pela última vez. "O ponto onde ele estava fica em frente à uma mecânica. Cheguei a ir lá para pedir as imagens da câmera. Pediram para voltar no dia seguinte, mas quando fui disseram que não podiam me mostrar sem a permissão do dono", afirmou.
O caso foi registrado na 32ª DP (Taquara) no mesmo dia em que o adolescente desapareceu, na última quarta-feira (26), e foi transferido para a Central de Descobertas e Paradeiros (DDPA), onde o caso segue sendo investigado. Procurada pela redação, a Polícia Civil informou que agentes da especializada realizam buscas para localizar o paradeiro de Matheus.