Gabriel Pereira dos Santos, 24, chegou a ser levado para o Hospital da Posse, mas não resistiuReprodução
PM que atirou e matou jovem após manobras com a moto está preso
Corpo de Gabriel Pereira, de 24 anos, foi enterrado no Cemitério Municipal de Nova Iguaçu
Rio - O policial militar Allan Mendes Rocha foi preso, na noite desta sexta-feira (16), por atirar e matar o motociclista Gabriel Pereira dos Santos, de 24 anos, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. O agente atirou na cabeça da vítima durante uma abordagem do Segurança Presente Miguel Couto, base onde estava lotado, no início da tarde de sexta-feira (16).
Allan passou por audiência de custódia, na tarde deste sábado (17). Na decisão, a juíza Daniele Pires Lima converteu a prisão em preventiva, tendo em vista a gravidade da ocorrência. "Trata-se de crime de extrema gravidade, em que o custodiado efetuou disparos em direção à vítima, ceifando com sua vida", escreveu na decisão. O agente vai responder por homicídio qualificado.
Sob forte emoção, familiares e amigos compareceram ao enterro de Gabriel, às 15h deste sábado (17), no Cemitério Municipal de Nova Iguaçu. O velório teve início às 14h. Ainda na sexta-feira, horas depois da morte do jovem, um grupo de motociclistas realizou uma manifestação no mesmo local onde Gabriel foi morto.
O caso
Gabriel estaria realizando manobras na Estrada Federal de Tinguá quando foi atingido. De acordo com o comando do Segurança Presente, um dos policiais que estava no local presenciou o ocorrido e disse que o agente disparou ao perceber que Gabriel poderia lançar a moto contra ele.
A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) investiga o crime. Allan também tem a sua conduta investigada pela corregedoria da PM, além de ter sido descredenciado do programa Segurança Presente.
Os agentes da DHBF estiveram no local onde o disparo ocorreu para realização de perícia. Na ocasião, o policial foi ouvido pelos agentes e sua arma recolhida e levada para análise.
Segundo a Secretaria de Estado de Governo (Segov), as câmeras usadas pelos agentes integrantes do Segurança Presente que estavam presentes também serão disponibilizadas para a DHBF. "A conduta do policial está sendo investigada pela Corregedoria da PM e ele será descredenciado do CPROEIS se constatado qualquer erro durante a abordagem", disse em comunicado.
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