Pistola, carregadores e dinheiro apreendidos com o homem Divulgação/Pmerj
MPRJ e PM fazem ação conjunta contra crimes eleitorais na Baixada Fluminense
Até o momento, um homem foi preso com um revólver e uma pistola
Rio - A Polícia Militar e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) realizaram, na manhã desta sexta-feira (4), uma operação contra crimes eleitorais na Baixada Fluminense.
Os órgãos atuaram nas cidades de Belford Roxo e Mesquita para cumprimento de seis mandados de busca e apreensão para apurar crimes de corrupção eleitoral através de esquema de compra de renúncia de candidatas mulheres a vereadoras em Belford Roxo por concorrentes políticos.
Também foram cumpridos outros oito mandados busca e apreensão para apurar crimes de coação eleitoral contra vereador candidato à reeleição em Belford Roxo e integrantes de milícia que atua no Bairro Xavantes.
Na ação, duas pessoas foram presas em flagrante por porte ilegal de arma de fogo, sendo um deles integrante da milícia atuante no Bairro Xavantes. Os agentes apreenderam uma pistola, um revólver, munições e quantia em dinheiro. Além disso, R$ 54,9 mil foram encontrados com um vereador.
De acordo com a PM, agentes da Subsecretaria de Inteligência, do 39º BPM (Belford Roxo), do 20º BPM (Mesquita) e do Rondas Especiais e Controle de Multidões (Recon) estão atuando na ação. Os presos foram encaminhados para a 54ª DP (Belford Roxo).
A investigação para apurar crimes de corrupção eleitoral se iniciou após o MPE receber a informação de que candidatas de uma das coligações de Belford Roxo estariam renunciando suas candidaturas em troca de compensação financeira por integrantes do grupo político rival na cidade.
Segundo as investigações, após receberem o dinheiro, as candidatas desistiram de suas candidaturas no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e, nas redes sociais, passavam a apoiar candidatos de partidos políticos que não integravam a sua coligação.
O pedido de busca e apreensão foi expedido pelo juízo da 154ª Vara Eleitoral após serem encontradas mensagens no celular do candidato Dinho Resenha, preso em agosto deste ano, em que se verificou que ele também foi aliciado para renunciar sua candidatura.
Já a apuração sobre o crime de coação eleitoral teve início após o MPE receber denúncia de que o grupo miliciano que atua no bairro Xavantes estaria obrigando que os eleitores do local votassem no candidato investigado. Em troca, os milicianos ganhavam proteção do parlamentar.
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