A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga o casoArquivo / Renan Areias / Agência O Dia

Rio - O adolescente B. L. M. F. de 17 anos que morreu após ser baleado, na Avenida João XXIII, em Santa Cruz, na Zona Oeste, estava em uma oficina mexendo em uma bicicleta quando foi atingido. Segundo familiares, ele tinha Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH).

Nas redes sociais, a irmã da vítima reforçou que o menino não tinha nenhum envolvimento com o crime e que apenas estava no mesmo local onde houve uma execução.
"Ele era um jovem alegre que apesar de ter 17 anos sua mentalidade era inferior a sua idade devido a alguns transtornos e entre outros problemas de saúde. Ele perdeu o pai há 4 anos devido a um câncer de mama. Meu irmão não era e nunca foi envolvido com nada de errado. Ele foi mais uma vítima inocente da criminalidade no Rio. Ele não tinha capacidade para tomar decisões que o levasse à vida do crime", disse.
Na ocasião, dois homens, não identificados, foram mortos. Segundo testemunhas, houve um intenso tiroteio na região.

Ainda de acordo com a irmã do adolescente, toda a família está devastada. "Minha mãe e toda a nossa família está vivendo um luto seguido de outro", lamentou.
Flamenguista, o menino era apaixonado por carros e pela família. O sepultamento será nesta terça-feira (8) a partir das 15h no Cemitério de Santa Cruz, na Zona Oeste.
De acordo com um primo do rapaz, ainda é difícil acreditar em tamanha tragédia. "Crescemos juntos, moramos no mesmo quintal, brincávamos de tudo que uma criança saudável brinca, você amava carros igual a mim, sonhávamos em ter nossos carros super-velozes. Cada momento contigo era risada e muita alegria. Onde você estava contagiava o ambiente, com sua bondade, sua energia cativante, sempre alegre. Eu vou realizar todos os seus e nossos sonhos".
O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). Diligências estão em andamento para apurar a autoria e a motivação do crime.