Dupla é presa por envolvimento em morte de motorista de aplicativo na Baixada
Segundo a polícia, Criciune Freires de Barros, de 34 anos, foi vítima de latrocínio; família buscava informações sobre seu paradeiro desde o último dia 8
Segundo as investigações da Delegacia de Homicídios, o motorista foi vítima de um latrocínio - Reprodução / Arquivo Pessoal
Segundo as investigações da Delegacia de Homicídios, o motorista foi vítima de um latrocínioReprodução / Arquivo Pessoal
Rio - A Polícia Civil prendeu, nesta quinta-feira (14), dois homens suspeitos de envolvimento na morte do motorista de aplicativo Criciune Freires de Barros, de 34 anos. A vítima estava desaparecida desde o último dia 8 quando saiu de casa, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, com uma corrida em direção à Seropédica. Segundo as investigações da Delegacia de Homicídios, o motorista foi vítima de um latrocínio.
O corpo de Criciune foi encontrado na terça-feira (12), dentro de um lago na Reta dos Quinhentos, em Seropédica. O veículo foi localizado no mesmo dia, na Avenida Ministro Fernando Costa, no bairro Fazenda Caxias.
De acordo com as investigações da especializada, ao menos quatro homens se passaram por passageiros para roubar o carro. A polícia informou que através de imagens de câmeras de segurança, identificaram dois deles. Leandro Wanderli de Miranda e José Silva da Costa são amigos do criminoso que solicitou a corrida. Eles foram os responsáveis por abandonar o veículo do motorista.
A dupla foi presa e encaminhada à sede policial, onde confessou a participação na morte de Criciune. A polícia conseguiu identificar, ainda, os outros dois envolvidos. Eles tiveram a prisão decretada e são considerados foragidos.
De acordo com a família, Criciune costumava trabalhar no período noturno e, por segurança, mantinha a rotina de compartilhar as viagens. Uma última ligação do aparelho celular do motorista foi registrada pela namorada dele no início da madrugada do dia 8. A vítima deixa 4 filhos.
Margarida Freires de Barros, 30, irmã de Criciune, descreveu com emoção a personalidade do irmão, destacando o impacto de sua perda para a família. "Ele sempre foi um cara muito brincalhão, muito família. Era muito prestativo, não só para a família, mas pra todos que estavam ao redor dele. Ele era aquele cara que largava de tudo pra poder te ajudar se ligasse pra ele”, relembrou em entrevista ao DIA.
Para Margarida, a dor da perda é agravada pela brutalidade do crime. "A dor que nós temos foi uma dor de tipo: 'Por que fizeram isso com ele? Por que escolheram logo ele para fazer esse tipo de coisa?' Sendo que ele era uma pessoa tão bacana, tão batalhadora, tão trabalhador”, lamentou.
Apesar do sofrimento, a prisão de parte dos responsáveis trouxe certo alívio à família. "Hoje o meu coração se encontra muito aliviado, sei que ainda não foi tudo resolvido. Ainda faltam pegar mais duas pessoas, mas o meu coração está em êxtase de verdade, aquela sensação de justiça sendo feita”, afirmou Margarida.
Ela destacou a importância desse desfecho, especialmente em um país onde tantas vezes crimes ficam sem resposta. "É uma sensação de alívio muito grande porque a gente sabe que o país que a gente vive é um país que muitas das vezes acontece certas coisas e a gente não vê a justiça sendo feita, mas quando isso ocorre é uma sensação de paz e alívio”, concluiu.
O corpo do motorista foi enterrado na tarde de quarta-feira (13), no Cemitério Vale da Saudade, em Queimados, Baixada Fluminense.
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