Há anos que Olivier Costa faz os cabelos de suas clientes e elas adoramDivulgação

Rio - "Uma imagem vale mais que mil palavras". A máxima que se refere a uma fotografia também pode ser usada no dia a dia das pessoas, principalmente das mulheres, que, muitas vezes, mudando o seu visual externo, passam a se amar mais. Quem está por trás dessas mulheres lindas, atraentes e que querem se sentir bem diante do espelho? São maquiadoras, cabeleireiros, especialista de psicologia da autoimagem e psicanalista e parapsicóloga integrativa.
Afinal, o que o hair stylist Olivier Costa, a psicóloga de imagem Tati Cassane, a maquiadora Lu Rech, o psicólogo Conrado Rech e a psicanalista e parapsicóloga Graça Duarte têm em comum? Eles são alguns dos responsáveis pela elevação da autoestima das mulheres, que são mães, profissionais, filhas e precisam cada vez mais estar de bem com a vida, tanto diante do espelho quanto por dentro. 
Sintonia é necessária

Para Olivier, o importante é que as pessoas tenham o exterior e o interior em sintonia. "Se não tiver, descompensa também de alguma forma. E o exterior representa muito para a mulher porque, quando ela está bem exteriormente, reflete no interior dela. Então, por isso que essa busca de estar bonita. Qual a mulher que não gosta de se olhar no espelho e se sentir bem?", indaga ele, que acompanha o universo feminino há anos. "Eu consigo entender que quando a mulher está bem por fora, e com o complemento interno, ela fica reluzente, e acorda, de repente, para muita coisa que estava adormecida dentro dela. Tenho uma cliente que sempre colocava o marido na frente em tudo. Quando passou a se olhar mais ficou até mais bonita".

Ele conta que as clientes desabafam no salão Casa Divo, situado na Penha, Zona Norte do Rio de Janeiro. Elas dizem que não estão muito legal, mas uma mexida no visual pode ajudar e muito. "Acho que essa comunicação não tem como trabalhar fora se dentro não estiver bom. Mas cuidar da beleza sempre é uma boa bengala. Às vezes a pessoa está mal, chateada e faz um cabelo, uma unha e maquiagem e melhora. Acredito que seja um suporte bacana", diz ele, que tem total preocupação em trabalhar para elevar a autoestima de suas clientes.

Antenado com a velocidade da informação e a globalização, o profissional estreia em dezembro o podcast Papo com Olivier, no qual irá abordar os mais variados assuntos, entre eles, a beleza da mulher, é claro. "A internet fantasia um pouco e mostra algumas coisas que não funcionam. Vou dar um exemplo: muita gente não sabe o que é cronograma capilar ou, se conhecem, ignoram a ordem. É da coisa certa que queremos falar. Vamos ter entrevistados; uma delas será uma professora de português comentando as principais gafes que podem acontecer numa entrevista de emprego. São temas realmente inusitados. Óbvio que também vamos falar sobre as tendências para 2025 dentro do universo da beleza. São temas no geral, temas do nosso cotidiano também. Será bem bacana", afirma Olivier, que já foi responsável pelo visual da cantora Lexa, as atrizes Letícia Pedro e Debby Lagranha, e a empresária Ellen Cardoso, a Moranguinho.

Cabelo e maquiagem em uma hora
A maquiadora Lu Rech  quer ver suas clientes belas e formosas. Para isso, faz um preço camarada, com cabelo e maquiagem, e como todo mundo tem a vida corrida, o Fast Beauty é um sucesso entre as clientes, que anualmente chegam a quase 70 mil espalhadas por quatro unidades – Copacabana, Leblon, e duas na Barra da Tijuca. E no procedimento a mulher ainda tem um cardápio. "São cinco opções de olhos que você escolhe, cinco opções de cabelos pré-estipulados, e aí você consegue adicionar. É um rabo que é específico, é um coque, uma trança ou duas tranças, é um cardápio pré-estipulado. Então você tem como personalizar. Se você quiser ir para um casamento e colocar uma trança, você tem como. Aí você tem como... É é um preço mais acessível porque são produções pré-estipuladas, Mas você também pode fazer personalizada do jeito que você quiser”.
Lu diz que às vezes o salão funciona como uma terapia. "Muitas pessoas chegam  tristinhas e saem alegres. Elas só precisavam desabafar e ouvir uma outra perspectiva do que está acontecendo na vida. Ou às vezes só botar para fora mesmo, enfim, já faz bem. Bota para fora, dá uma maquiagem, um cabelo lindo, fechou, né?'', conta.

Para a profissional, a mulher se acostumou tanto a cuidar que às vezes as pessoas se esquecem de que também precisa estar nesse lugar. "Estamos sempre nesse papel de cuidar. A gente cuida dos filhos, do marido, da própria vida, dos pais, de todo mundo, sabe? E a gente nunca é cuidada. Então, assim, quando a gente vai num médico, numa esteticista,  numa maquiadora, sabe? É tão gostoso você poder fechar o olho e sentir que alguém vai cuidar de você, nem que seja por uma meia hora, por uma hora. Acho que a maquiagem tem um pouco esse papel", reflete.
Com a empresa há seis anos, dos quais quatro seu irmão, o psicólogo Conrado Rech, também faz parte, ela conta que eles têm todo um organograma para que o foco na cliente seja total, não apenas quando está fazendo o procedimento. "O Conrado trouxe muito para a empresa a cultura de que a gente precisa focar no cliente. Então, o nosso atendimento é muito consultivo. |Focamos foca muito no que a cliente quer com um  atendimento de excelência e um  pós-venda redondo", afirma Lu, que sabe o que cada pessoa gosta e precisa.
"Acreditamos que maquiagem é isso. Muitas clientes sentam na nossa cadeira e querem atenção, elas querem conversar, melhorar o estima dela, mas não é só com a maquiagem, Então precisa ser um atendimento completo, Falamos muito a respeito nos nossos treinamentos, que são realizados durante todos os meses do ano".
Transcendendo a estética

Irmão de Lu, o psicólogo Conrado fala do visual além da estética. "Se pensarmos bem a beleza é uma expressão da psique humana. Em nossas operações, buscamos transcender apenas a estética, abordando a beleza como uma forma de autoexpressão e autoestima. Compreendemos que a busca pela beleza está intrinsecamente ligada à construção da identidade e ao desejo de ser visto e valorizado", afirma ele, que tem a maior preocupação em fazer de tudo para que as clientes se sintam bem.

"Nossas ações como empresa ao lidar com pessoas perpassam pelo entendimento das necessidades emocionais das clientes, além de demandas estéticas. Buscamos desenvolver um ambiente acolhedor e empático, onde elas se sentem ouvidas e compreendidas, considerando a individualidade e história de cada um".
Impacto significativo
De acordo com a psicanalista e parapsicóloga Integrativa Graça Duarte, a aparência exterior pode ter um impacto significativo na forma como nos sentimos sobre nós mesmos. "Quando uma pessoa se cuida, seja através de tratamentos de beleza, roupas novas ou mudanças no cabelo, isso pode gerar uma sensação de renovação e autovalorização. Esse cuidado pode ser visto como uma forma de expressão do eu, onde a pessoa busca alinhar sua imagem externa com sua identidade interna".
A profissional diz que "Freud, por exemplo, falava sobre a importância da imagem do corpo e como ela está relacionada ao narcisismo. A forma como nos percebemos fisicamente pode influenciar nossa autoestima e, consequentemente, nossa saúde mental. Quando nos sentimos bem com nossa aparência, isso pode refletir em outras áreas da vida, como relacionamentos e desempenho profissional".

"É importante também considerar que a autoestima não deve depender exclusivamente da aparência. Trabalhar a autoaceitação e a valorização de outras qualidades, como habilidades, inteligência e caráter, é fundamental para um bem-estar duradouro. A beleza exterior pode influenciar a autoestima e, por extensão, a saúde mental, mas é essencial que essa relação seja equilibrada e que a busca por beleza não se torne uma obsessão que ofusque outras dimensões do ser. O autocuidado deve ser visto como uma prática que complementa, mas não define, nossa identidade e valor pessoal", finaliza Graça.
Importância do que quer transmitir
Para a especialista em psicologia da autoimagem, Tati Cassane, é importante você saber como você transmite a sua imagem, às vezes a única forma de comunicação. "Recordo-me que estava passando por dias difíceis, mas precisava estar em um compromisso importante. Não conseguia pensar em uma composição, mas lembrei de um look que já havia usado e imediatamente recordei como me senti usando cada peça. Foi um sentimento de poder, de autoconfiança. Não pensei em mais nenhuma opção, afinal era disso que eu precisava, sentir-me segura. Usei o look e ninguém sequer notou que, por dentro, eu me sentia em pedaços. Pelo contrário, elogiaram minha escolha!".

Ela explica que a situação foi se modificando. "Aos poucos o foco não era mais o problema que estava passando, e sim a troca que estava acontecendo com os demais. Claramente, o exterior influenciou o interior. A forma como me mostrei teve total influência em como o outro me enxergou. A sua imagem deve estar estreitamente vinculada a como deseja ser vista e interpretada".

A profissional afirma: "Demonstro-me forte, os outros me verão assim, reafirmarão o que transmiti e no final, sinto-me fortalecida! E o contrário também acontecerá, por isso tenha cuidado com o que usa. Lembre-se sempre de se questionar se a imagem que está transmitindo está de acordo com a imagem que deseja passar. Caso não esteja, volte para seu armário e se encontre lá dentro".